
…mas nem por isso as contas ficam às claras
As licitações nada claras, escondidas possivelmente para privilegiar empresas amigas e a omissão conveniente da Câmara de Vereadores – que nada faz para exigir transparência nas concorrências e contratos para fornecimento de materiais e prestação de serviços – evidenciam a administração municipal pode ter sido transformada em verdadeiro balcão de negócios. A insistência do governo em não publicar os extratos dos contratos feitos na gestão do prefeito Marcos Aurélio Dias sugere que fora feita opção pelo segredo.
O governo alega que não é obrigado a veicular nada no Portal da Transparência e que seus atos estão no site da imprensa oficial da Prefeitura (http://rj.ioe.org.br), mas nele não está veiculado nenhum resultado de licitação. A página publica decretos, portarias, resoluções, editais de convocação, avisos de licitação, mas não mostra valores nem os nomes das empresas contratadas, o que impede o contribuinte de saber quanto se gasta e em que quem está sendo usado o dinheiro público.
Na semana passada a cidade voltou a ser alvo de operação policial e o nome Guapimirim foi outra vez manchado com a prisão de dois vereadores, acusados de formação de quadrilha armada, além de receber propinas entre R$ 50 mil e R$ 80 mil mensais para não fiscalizarem as contas da Prefeitura. As prisões de Iram Moreno de Oliveira, o Iram da Serrana (presidente da Câmara) e Alexandre Duarte de Carvalho (PSC), fazem parte da operação “Os Intocáveis”, realizada em setembro do ano passado, mas deixou os “donos” da cidade com “a pulga atrás da orelha”, uma vez que o Ministério Público já foi informado de que um grupo ligado ao ex-prefeito continuaria operando no município.
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