Apagão encomendado impede votação de reajuste em Itatiaia

Câmara é comandada por grupo liderado por ex-prefeito que quer voltar na marra

Um aviso colocado na entrada do plenário da Câmara de Itatiaia causou estranheza e revolta nos cerca de 300 funcionários do município que compareceram ao local na noite de ontem, quando os vereadores deveriam votar um projeto de autoria do Executivo que previa um aumento salarial aos 2,7 mil servidores da Prefeitura, com percentuais de 8% e 10% em função do nível salarial de cada funcionário. Apesar de toda a Avenida dos Expedicionários – onde fica a Casa Legislativa – estarem iluminados, a mensagem na porta informava que havia um curto-circuito coincidentemente no plenário, local onde os vereadores deveriam votar o aumento. Os servidores saíram revoltados. Caso a proposta fosse aprovada, seria o segundo reajuste salarial dos servidores. O primeiro aconteceu no inicio deste ano e também ficou entre 8% a 10%.

Agora a pouco uma fonte do Legislativo enviou mensagem ao elizeupires.com denunciando que o “apagão” fora um ato deliberado para que a sessão não acontecesse, pois a Casa é comandada por um grupo ligado ao ex-prefeito Almir Dumay, que não teria interesse na aprovação, pois espera reassumir a Prefeitura e não queria que mais recursos ficassem comprometidos com o pagamento de pessoal.

 Almir foi o segundo colocado na eleição do ano passado, que agora tenta derrubar o prefeito Luis Carlos Ypê (PP) no tapetão para voltar ao poder. Os servidores lembraram ontem que “o pior apagão para o funcionalismo público de Itatiaia aconteceu justamente no governo de Almir (1997-2004), quando os servidores amargaram atrasos em seus pagamentos e grandes perdas salariais”. Os servidores ficaram indignados com o fato de os vereadores que formam a mesa diretora não terem aparecido para dar satisfação. 

Comentários:

  1. A prova que ele não está aí para nenhum dos servidores desta cidade. Ficou comprovado que esse senhor teve um enorme desrespeito com os servidores municipais e com a população. A manobra política que ele fez, ocorreu na última quinzena da gestão administrativa dele, que ficou à frente da prefeitura por quase oito anos, de 1997 a 2004.
    De acordo com os autos em processos, no último ano de seu mandato, no dia 17 de dezembro de 2004, Almir Dumay alterou, através do Decreto-Lei 1.293/2004, a data de pagamento dos vencimentos dos servidores públicos municipais para o 5º dia útil do mês subsequente ao trabalhado, quando não mais estaria administrando a cidade.
    O sucessor de Dumay na Prefeitura, Jair Alexandre, propôs então uma Ação Cautelar para a suspensão da eficácia do ato normativo. O pedido foi deferido pela Justiça, “a menos que houvesse comprovada disponibilidade de caixa para repasse ao novo governo”. CONTINUA

  2. CONTINUAÇÃO “a menos que houvesse comprovada disponibilidade de caixa para repasse ao novo governo”. Embora tenha revogado o decreto, Dumay desrespeitou a decisão judicial, ao não pagar o funcionalismo no final do mês referido, deixando a despesa para a outra administração.
    Segundo a decisão, o ex-prefeito “maquiou a situação financeira do Município, causou grandes constrangimentos à gestão que o sucedeu e, intencionalmente, violou Princípios que devem nortear a gestão Administrativa”. O magistrado afirmou que Almir Dumay “tinha entre seus escopos prejudicar a gestão de notório adversário político, mesmo que em detrimento do sofrimento de centenas de servidores.”Processo nº 0009260-38.2009.8.19.0081 Por isso se comprova o interesse dele em atrapalhar a gestão atual e o mais alarmante ainda existem servidores que esqueceram tudo isso, mas acho que pagamentos em ” maconha” literalmente são mais aliciantes.

    Assim digo, se não for a Justiça deste país que Deus interceda por nós.

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