
Gabinete do prefeito de Silva Jardim tem 67 servidores
Com cerca de 22 mil habitantes, Silva Jardim é um dos municípios mais pobres do estado do Rio de Janeiro, mas nem por isso se pode dizer que o prefeito Wanderson Gimenes Alexandre, o Anderson Alexandre (PRB) se cerca de cuidados com os recursos públicos. A julgar pelo volume de pessoal lotado em seu gabinete, se pode afirmar, com certeza, que o prefeito não se importa com a pobreza de sua cidade e manda ver, pois em espaço que não comporta dez pessoas estão lotadas 67, o que representa, com o salário do prefeito, um gasto total de R$ 174.938,44 por mês. Ao todo o município, entre efetivos e ocupantes de cargos de confiança, tem 2139 servidores e uma folha de pagamento que soma R$ 3.951.154,05 mensais.
Por causa do espaço pequeno e do excesso de servidores, o gabinete do prefeito é chamado na cidade de “coração de mãe”, porque lá “sempre cabe mais um”, mas, felizmente, para os que realmente batem ponto todos dos dias e efetivamente trabalham, a maioria não comparece ao batente. Do contrário seria muito complicado trabalhar por lá. “Tem gente que nunca vem aqui, pessoas das quais nunca ouvi falar. Não precisa desse pessoal todo, mas sabe como são coisas, né…”, diz a fonte.
Na folha de pagamento do gabinete do prefeito estão ele e o chefe de gabinete. Esses dois agentes políticos custam aos cofres da municipalidade R$ 300 mil por ano. São 16 funcionários efetivos, um estagiário e 48 ocupantes de cargos comissionados, a maioria, diz fonte, moradora de outros municípios, principalmente de Rio Bonito.
Por conta de denúncias revelando a existência de “fantasmas” na folha de pagamento, os vereadores Robson Azeredo e Flávio Brito solicitaram informações completas sobre as nomeações e lotação de servidores, para saberem quem é quem, onde trabalham e o que fazem os nomeados pelo prefeito Anderson Alexandre.