Justiça vê motivação política em greve dos professores

TJ determina volta ao trabalho imediatamente

Ao rejeitar ontem o recurso impetrado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) contra decisão anterior que determinava o fim da 15ª greve realizada nos últimos 18 meses, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça, entendeu que essa paralisação da categoria – que já passa de 50 dias – tem caráter político e confirmou a multa diária no valor de R$ 300 mil por conta do descumprimento do não retorno ao trabalho. Segundo o relator do processo, desembargador Mário dos Santos Paulo, “a paralisação ofende a lei, por seu caráter político, e por trazer graves danos aos estudantes”.

A rejeição do recurso não foi a única derrota imposta ao Sepe ontem pela Justiça. Na mesma sessão os desembargadores julgaram a ação de dissídio coletivo proposta pelo estado contra a entidade e concluíram como ilegal a paralisação de advertência realizada pela categoria no dia 9 de agosto de 2012. De acordo com os desembargadores, o governo estadual não foi notificado no prazo de 72 horas de antecedência, como a lei determina. Com a decisão tomada ontem os professores terão de voltar às salas de aula imediatamente.

Comentários:

  1. Só mesmo uma pessoa alienada de tudo não sabe que a justiça deste país está nas mãos dos partidos políticos, no Rio, leia-se PMDB, logo, não é de se estranhar uma decisão como esta. Enquanto os professores não se organizarem para uma paralisação a nível nacional, suas reivindicações não serão atendidas e o máximo que conseguirão serão migalhas. Já passou da hora de termos uma piso nacional pra todos os profissionais de educação, incluindo, claro, o pessoal de apoio, pois merendeiras, inspetores, vigias e auxiliares, esses sim, ganham uma miséria. Fora Cabral, fora Paes!!!!! Vem prá rua Rio!!! Chega de quadrilheiro no governo.

  2. Salas lotadas, ausência de plano de carreira, salários baixíssimos, péssimas condições de trabalhos, prédios que mais parecem presídios, avaliações externas tendenciosas, violência nas escolas. Tudo isso faz parte da triste realidade dos profissionais de educação. Quando entram em greve para pedir um mísero aumento e melhores condições de trabalho, não são nem recebidos pelo “governador virtual”. Aumento pra eles é mais de 100% e vem rapidinho. Acho que eles não tomaram mesmo vergonha na cara depois das manifestações.

  3. Bem típico um porta-voz de um prefeito que possui o mesmo partido da gestão da prefeitura do Rio. O Sepe vem passando por várias reformulações de pessoal e muitos apartidários que eu conheço estão no sindicato na luta na greve RJ. Uma pena esse desserviço opinativo.

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