Sentença de vereadora de Magé deve sair no fim do ano

Audiência de instrução e julgamento está marcada para 4 de dezembro

Acusada de usar serviços e servidores do Programa Saúde de Família (PSF) durante a campanha eleitoral, a vereadora de Magé, Eliane Sepúlveda (PMDB), deverá ter sua sentença conhecida em dezembro. A edição do Diário Oficial Eleitoral que vai circular na próxima segunda-feira publica decisão da juíza da 110ª Zona Eleitoral, Patrícia Salustiano, marcando para o dia 4 de dezembro a audiência de instrução e julgamento. Além de Eliane outros dois vereadores mageenses estão com seus mandatos pendurados: Eduardo Domingues Marques (PMDB) e Geraldo Cardoso Gerpe, o Geraldão (PSB) foram denunciados pelo Ministério Publico por supostos crimes eleitorais e aguardam julgamento. Eliane já teve algumas audiências adiadas por conta de seu estado de saúde, o que tem atrasado a tramitação do processo no qual a promotoria pede a cassação do mandato dela.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Eliane, então candidata a uma cadeira na Câmara Municipal, teria solicitado a agentes comunitários de saúde que, no horário de trabalho, coletassem assinaturas de moradores de suas áreas de atuação a fim de que eles permitissem a instalação de placas em suas residências. Segundo o MP, Eliane abusou de sua autoridade, pois exercia o cargo de Coordenadora do Ambulatório do Posto 24h do bairro de Fragoso e pelo fato de ter sido supervisora dos postos do PSF Guarani I, Guarani II, Guarani III e Parque dos Artistas, todos em Piabetá, base eleitoral da hoje vereadora.

Ainda segundo a denúncia da promotoria, Eliane teria ainda solicitado a uma enfermeira-chefe que alterasse os horários dos agentes de saúde, para que eles pudessem trabalhar sete horas no posto e uma hora em sua campanha eleitoral. De acordo com o MP, como a enfermeira e alguns agentes se recusaram a trocar o horário, teriam sido ameaçados. O MP pontuou que Eliane teria dado ordem para que os pacientes encaminhados por ela tivessem preferência no atendimento e quando os pacientes não possuíam cartão do SUS, a orientação era a de usar a numeração do seu próprio cartão.

 

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