
Crime aumenta na região e em Magé já se rouba carro com frequência
Essa semana uma professora teve o carro roubado em Surui, até então uma localidade tranquila do muni- cípio de Magé, onde a polícia vem perdendo de goleada para a bandidagem que hoje infesta bairros inteiros. A nova realidade enfrentada pelos mageenses é a mesma verificada em toda a Baixada Fluminense, com a migra- ção dos marginais que deixaram a capital fluminense por conta das ocupações das favelas. O projeto das UPPs, que privilegia a cidade do Rio de Janeiro, está causando um mal danado aos demais municípios, mas cuidado ao falarem isso, pois podem levar um dedo na cara, reação do secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, que não gosta de ouvir falar em migração de bandidos.
De acordo com o relatório mensal do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgado esta semana, a onda de crimes na Baixada Fluminense aumentou 64%, mas nem por isso o efetivo policial na região será ampliado antes da Copa do Mundo. Segundo o documento ISP, o maior aumento foi no roubo de veículo, mais de uma ocorrência por hora na região e os demais índices de criminalidade subiram mais do que no total do estado, incluindo homicídios e roubos, mas isso, dizem as autoridades estaduais, “nada tem a ver com a pacificação das favelas”. Essa alegação irrita os prefeitos da região que cobram ações efetivas da Secretaria de Segurança.
Na última quarta-feira a coisa ficou feia entre o secretário José Mariano Beltrame e o prefeito de São João de Meriti, Sandro Matos, com direito a dedo na cara dos dois lados. Beltrame foi o primeiro a reagir dessa forma ao perceber que não estava conseguindo impor seus números, defendendo que “a migração de bandidos para a Baixada é insignificante”. O gesto foi devolvido por Matos, que além do dedo na cara mandou essa: “Insignificante só se for para o senhor. A nós e a nossa gente essa realidade incomoda bastante”.
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