Falta de transparência esconde contas em Guapimirim

Gastos com remédios e uniformes são segredos de estado

Quanto o município de Guapimirim está gastando atualmente na manutenção dos serviços básicos, quem os executa e como se deram esses contratos é uma incógnita. A falta de transparência, de acordo com algumas lideranças locais, é um problema grave e tranca os gastos públicos numa espécie de “caixa preta”, impossibilitando, por exemplo, que a população fique sabendo dos gastos com aquisição de medicamentos, materiais e equipamento hospitalares”, fornecimento feito pelo mesmo grupo da gestão anterior, que ficou marcada por escândalos.

No Portal da Transparência aparecem 22 pregões presenciais realizados entre fevereiro e abril desse ano, sendo quatro para fornecimentos ao setor de Saúde, sem mencionar valores e informar quem venceu o processo licitatório. Entre esses pregões está o de número 008/2013, realizado no dia 19 de fevereiro, para escolher de uma empresa para locar máquinas pesadas para o município. O setor de Saúde não tem nada a ver com patróis e retroescavadeiras, mas, segundo uma fonte próxima ao governo, o vencedor dessa licitação seria ligado ao mesmo grupo estaria ficando com o maior volume dos recursos do setor.

Os contratos de fornecimentos para as áreas da Saúde e Educação são os mais disputados, seguidos pelos da coleta de lixo e locação de máquinas pesadas, mas em Guapimirim a coleta de lixo é feita com caminhões alugados de particulares, o que, de certa forma, torna esse serviço menos concorrido, mas a locação de máquinas pode gerar uma despesa de até R$ 300 mil mensais. Porém, em se tratando de Guapimirim, ninguém, a não ser o próprio governo pode informar o valor correto, o que não se dispôs a revelar até agora.

Cobiçadas por dez entre dez fornecedores, as licitações para o setor de Educação sofrem em Guapimirim da mesma falta de transparência. Esse ano, segundo o Portal da Transparência, foram realizados três pregões presenciais entre fevereiro e abril, mas, também não foi divulgado quem vendeu os kits escolares, os uniformes e quem está fornecendo os gêneros alimentícios para a Secretaria Municipal de Educação, contratos definidos em pregões realizados nos dias 8 de fevereiro e 1º de abril.

O prefeito Marco Aurélio Dias não foi encontrado para falar sobre o assunto.

 

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