Guapimirim vai acabar com a terceirização de funcionários

Medida desagrada a grupos políticos, mas deverá ser ótima para a saúde financeira da cidade

O prefeito de Guapimirim, Marcos Aurélio Dias (PSDC) já começou a mostrar identidade própria no governo. Em reunião em sua residência, para qual foram chamados apenas alguns secretários, ele anunciou medidas de austeridade e cobrou uma política de resultados. Uma decisão anunciada e que deverá ser levada a efeito nos próximos dias, é o fim da terceirização de funcionários, extinguindo o contrato firmado para essa finalidade na gestão do prefeito Renato da Costa Mello Junior, o que vai gerar uma grande economia para os cofres da municipalidade. A medida é considerada “antipática” por aqueles que acham que o poder público tem de funcionar como cabide de emprego, mas, no entender de quem conhece a realidade financeira do município, “é de extrema necessidade”.

Embora seja permitida por lei, a terceirização de mão de obra é muitas das vezes usada para driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita os gastos com pessoal e para empregar cabos eleitorais de prefeitos e vereadores. Esses contratos, entretanto, só são defendidos por quem não tem o compromisso de administrar. No caso de Guapimirim o prefeito Marcos Aurélio quer ordenar as finanças e imprimir uma gestão mais ágil, com resultados de curto e médio prazos.

“É claro que muita gente vai sair às ruas falando em desemprego, mas esses, com certeza, nunca estiveram preocupados de verdade com essas pessoas, mas sim com a manutenção de votos em potencial. Quem estiver comprometido com os interesses da coletividade vai entender, mas quem enxerga pequeno e só vê o próprio umbigo vai usar quem perdeu o emprego com o fim da terceirização. Nenhum político gosta de demitir, mas isso não quer dizer que tenham de manter contratos que estejam afetando a saúde financeira do município. Não conheço esse gestor, mas sei da realidade da cidade que ele governa. Não pode estar mal intencionado quem sacrifica sua imagem de político com um ato antipático, mas necessário ao equilíbrio financeiro de uma cidade”, entende o cientista político Hilton Cerqueira Brantes, estudioso de gestões públicas.

Matérias relacionadas:

Gestão pública de Guapimirim terá mais agilidade em 2014

Guapimirim define novas metas para a educação