
… e o vice-prefeito pode renunciar a qualquer momento
Proporcionalmente um dos municípios mais ricos do estado do Rio de Janeiro, Porto Real, no Sul Fluminense, está vivendo um período de estagnação que preocupa bastante as lideranças locais. Apesar da forte receita, a administração municipal está praticamente parada, com a prefeita Maria Aparecida Rocha, a Cida (PDT), limitando-se a gerir a folha de pagamento de pessoal e a manter, precariamente, os serviços básicos. Nenhum dos projetos anunciados na campanha eleitoral saiu da gaveta até agora e o governo está recheado de nomes de fora da cidade, “figurões” que chegaram cheio de banca, prometendo fazer e acontecer, mas, passados quinze meses desde a posse da Prefeita, a única coisa visível é o descontentamento.
A falta de ações, que põe em risco a governabilidade garantida junto à Câmara de Vereadores, descortinou uma crise política, indicando que a prefeita pode terminar seu mandato sozinha, pois o vice-prefeito José Roberto Pereira da Silva pode renunciar o cargo a qualquer momento. Falando ontem à tarde ao elizeupires.com, José Roberto expôs seu descontentamento e afirmou: “Do jeito que as coisas estão indo não dá para ficar nesse grupo. Estou pensando seriamente em renunciar, pois não aceito ser apenas uma figura decorativa. Me incomoda bastante receber salário sem dar nada em troca aos moradores de Porto Real, pessoas que acreditaram em nossas propostas de governo e até agora não viram nada acontecer. Isso me constrange”.
Nos primeiros meses de sua gestão Maria Aparecida teve sérios problemas com a Câmara de Vereadores, situação que foi contornada pelo esforço diplomático do vice-prefeito – muito respeitado junto de seus ex-pares (ele foi vereador) – e pelas promessas de ações efetivas por parte do governo. “Sou cobrado nas ruas e não tenho o que dizer. Não tenho respostas objetivas para dar ao povo e não sou homem de ficar enrolando. Não havendo outro jeito prefiro sair”, completou José Roberto.