Concurso da Câmara de Silva Jardim não sai do papel

Roni (centro) rompeu o contrato com a organizadora do processo seletivo e não tocou mais no assunto

E os candidatos inscritos ficam no prejuízo

Com taxas variando entre R$ 65 e R$ 100, a Câmara de Vereadores de Silva Jardim abriu, em setembro do ano, passado as inscrições para um concurso público que ficou apenas na promessa. O processo seletivo oferecia 138 cargos em várias funções, sendo apenas 18 para admissão imediata e a estimativa é de que tenham sido arrecadados cerca de R$ 700 mil. Em agosto deste ano, quando o Instituto Nacional Escola Superior da Administração Pública (Inesap) já estava pronto para aplicar as provas objetivas, o presidente da Câmara, Roni Luiz Pereira, decidiu romper o contrato com a instituição e comunicou que a própria Câmara se encarregaria de dar prosseguimento ao concurso.

Ocorre que Roni não toca mais no assunto e os candidatos inscritos estão no prejuízo, pois o Inesap diz que a Câmara é que tem de fazer a devolução dos valores pagos e assumir toda a responsabilidade, pois a o rompimento do contrato se deu de forma unilateral por parte do presidente do Legislativo.

Em comunicado a direção do Inesap se exime de qualquer responsabilidade pela devolução dos valores recebidos a título de inscrição e não faz qualquer menção ao total recebido nem sobre o número de candidatos inscritos. Diz que encaminhou ao presidente da Câmara a relação completa de todos os candidatos inscritos, com endereço, telefones, e-mail, fornecidos quando da inscrição, para possibilitar a localização dos inscritos e tomar as medidas necessárias para aplicar a prova.