“Dívidas não vão parar Paracambi”

A prefeita Lucimar Ferreira encontrou Paracambi em estado de terra arrasada. O esforço para sair do buraco exige capacidade administrativa e muito comprometimento com o trabalho

Gestão busca recursos através de emendas para vencer o desafio

Paracambi é o município da Baixada Fluminense que menos dinheiro recebe do Fundeb, uma média de R$ 1,8 milhão por mês, mas ainda assim tem um sistema de Educação mais bem avaliado que o de muitas cidades com mais recursos. Manter o ritmo e buscar um crescimento ainda maior nos índices de avaliação fazem parte dos planos da nova gestão, que luta por recursos através de emendas parlamentares para suprir às necessidades, já que dispõe do menor orçamento da região. Apesar das dificuldades – uma dívida apurada de cerca de R$ 64 milhões e pelo menos outros R$ 36 milhões em débitos trabalhistas, previdenciários e precatórios -, a prefeita Lucimar Ferreira sabe muito bem onde chegar: fazer uma administração que coloque o município no caminho do desenvolvimento e deixar para o seu sucessor uma estrutura bem melhor, uma casa arrumada, uma população satisfeita e as contas pagas. “Quando assumimos encontramos, além das dívidas, falta de medicamentos e materiais de consumo. Tivemos de contar com a boa vontade de fornecedores ainda com contratos vigentes para por as unidades médicas para funcionar. Temos uma missão árdua pela frente, mas podemos assegurar que as dívidas não vão parar Paracambi”, diz o secretário de Governo Flávio Ferreira.

Com a frota sucateada, a nova gestão teve que dar o seu jeito para fazer a limpeza da cidade, desassorear os valões que cortam os bairros e fazer a manutenção dos acessos à zona rural da cidade. “A limpeza urbana ganhou o reforço de dois caminhões compactadores e em cinco dias foram tiradas das ruas mais de 300 toneladas de lixo”, emenda o secretário, destacando que o serviço de Raios-X do Hospital de Lages já voltou a funcionar e a ala de fisioterapia voltou ao Hospital Municipal, facilitando a acessibilidade pacientes

A casa foi deixada tão bagunçada quem nem aparelhos de medir pressão arterial foram encontrados nas unidades de atendimento médico e a primeira pancada resultante da má gestão veio logo em janeiro: por conta do cadastro negativo junto ao governo federal e dívidas não quitadas, cerca de R$ 1,4 milhão do total que deveria ser repassado pelo Fundo de Participação do Município (FPM) ficaram retidos. A prefeita esperava receber pelo menos R$ 3,3 milhões e começar a acertar logo as contas com os servidores, que ficaram sem o salário de dezembro e o décimo terceiro. Porém, e foram creditados apenas R$ 1.861.798,55, adiando o acerto de contas com o funcionalismo.

Em relação aos servidores a grande preocupação é garantir o pagamento dos salários em dia. O de janeiro foi pago no dia 31, assim como as férias dos professores e atrasados dos aposentados e pensionistas. Quanto ao mês de fevereiro, este poderá ser quitado antes do carnaval. Para assegurar isto foi feita uma reforma administrativa, com redução do número de nomeados em cargos de confiança.

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