
Prefeitura tranca seus números em caixa-preta e a população não tem acesso a informações sobre receita e despesas, dados que pela Lei da Transparência precisam estar às claras
O prefeito Jocelito Pereira de Oliveira, o Zelito Tringuelê (foto) está completando nesta terça-feira (25) 115 dias de mandato e ninguém sabe onde e em que ele está aplicando os recursos do município. Não há informações sobre os gastos com pessoal e manutenção dos serviços essenciais, pois o sistema da Prefeitura de Guapimirim não disponibiliza as contas públicas como determina a lei. As edições do boletim informativo também sumiram. No site oficial só aparecem duas e com o mesmo número: 169, datadas de 2 e 6 de janeiro. Não se vê avisos de licitação, resultados dos pregões, nomes das empresas fornecedoras e sobre quanto a administração municipal esta gastando, por exemplo, com merenda escolar, alimentação no hospital, medicamentos e materiais de consumo. Perguntar ao governo soa como ofensa. Ninguém fala nada.
Segundo registros do Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação do Banco do Brasil os repasses intergovernamentais somaram R$ 8.120.799,10 em janeiro, R$ 6.207.077,82 no mês seguinte e R$ 6.063.060,65 em março, mais R$ 3.782.848,04 entre os dias 1º e 24 de abril. Sem contar o repasse de R$ 1.871.077,59 do Fundo Nacional de Saúde os créditos externos somaram mais de R$ 30 milhões. Mas ainda tem a arrecadação própria e as transferências de convênios e outros programas de saúde, números que os cidadãos guapimirienses têm todo o direito de verem revelados, mas que não são mostrados de jeito nenhum.
Para quem prometeu mudança, seriedade no trato com a coisa pública, a nova gestão está indo no mesmo ritmo do governo do prefeito Marcos Aurélio Dias. É como se a Prefeitura não devesse satisfação alguma aos contribuintes.