
Prefeito que zerar a conta para partir para os investimentos. Os atrasados dos servidores, segundo o prefeito, serão quitados até o dia 10 de setembro
Com uma receita menor a cada mês, o município de Belford Roxo está com o alerta ligado. As transferências constitucionais formadas pelo FPM, Fundo Especial do Petróleo, ITR, Royalties e Fundeb somaram pouco mais de R$ 104 milhões no primeiro semestre, quando a Prefeitura esperava arrecadar pelo menos R$ 140 milhões, uma diferença assustadora. Como ponto de equilíbrio o prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (foto), decidiu exonerar todos os nomeados em cargos comissionados níveis CC3, CC4, CC5, CC6, CC8, CC9, FG1, FG2, FG3 e FG4. A medida, justifica, vai possibilitar a quitação da dívida com os servidores sem afetar a manutenção dos serviços essenciais. Com as contas arrombadas pelo desastre administrativo que marcou a gestão do prefeito Dennis Dauttimam – situação agravada pela crise econômica que afeta o país – o município espera zerar boa parte do déficit até o fim do ano. “Temos que cortar sem atrapalhar o funcionamento da máquina governamental e é isso que estamos fazendo”, diz o prefeito, garantindo que todas as obras planejadas serão executadas.
A maior preocupação hoje, enfatiza Waguinho, é com funcionários que ainda tem salários de 2016 a receber, créditos de outubro, novembro, dezembro e o 13º salário, mas há quem – no setor de saúde – ainda não recebeu o mês de setembro. No caso do pessoal da Educação falta só o de 13º salário, que o prefeito pretende pagar em agosto. “Os vencimentos da Educação estão em dia, pois temos cumprido o calendário de pagamento estabelecido com o sindicato da categoria e os demais servidores receberão os atrasados até o dia 10 de setembro”, completa Waguinho, afirmando ainda que as exonerações são resultados de “uma medida drástica, mas necessária para sobreviver à crise financeira e garantir o pagamento em dia dos salários dos servidores efetivos, aposentados, pensionistas e comissionados, e manter cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal”.