Entre os denunciados estão dois secretários e a ex-procuradora geral do município
A contratação, sem licitação, de uma empresa para realizar, em 2013, uma competição de Motocross em Silva Jardim, resultou em processo por falsidade ideológica, formação de quadrilha e crime da Lei de Licitações contra oito pessoas no município de Silva Jardim. A ação foi ajuizada pelo Ministério Público, através da Promotoria de Justiça local, que requereu a suspensão do exercício da função pública do ex-subsecretário de Esportes e atual subsecretário de Governo, Patrício Rodrigues Alexandre, e do ex-presidente da Comissão de Licitação e atual ocupando um cargo de assessoria, Glauco Moraes de Azevedo. O MP ainda pediu a prisão preventiva de Patrício Alexandre, Sandra Helena Vieira Cury, Helena Cristina Vieira Cury Monteiro e Paulo Roberto Ferreira Monteiro, os três últimos representantes da empresa Nova Era Moto Clube e da Liga Esportiva de Motociclistas do Estado do Rio, responsáveis pela realização do evento.
Segundo a denúncia do MP, Edson Martins e Patrício Alexandre, respectivamente secretário de Esportes e subsecretário de Governo na época, foram os responsáveis por atestar a nota fiscal de prestação de serviço das duas entidades contratadas sem licitação para a realização do evento esportivo em 4 e 5 de maio de 2013, que custou R$ 50.270 aos cofres da municipalidade. No entanto, apenas uma etapa do campeonato fora realizada. Também foi denunciado o ex-secretário de Administração Luis Gustavo Correia de Mello e a então procuradora geral Sheila Moreth Silva Trugilho, acusados de terem reconhecido a contratação sem licitação.
Segundo a promotoria, Patrício Alexandre ainda teria cobrado R$ 1 mil de um dos representantes da Liga Esportiva de Motociclistas, informando que, se o valor não fosse pago, a entidade não realizaria outro evento no município. “Importante destacar que, segundo apurado, qualquer entidade devidamente constituída poderia organizar etapas do Campeonato Estadual de Motocross, inclusive a Federação de Motociclismo do Rio de Janeiro, de sorte que deveria a municipalidade abrir procedimento licitatório para contratação de entidade para esta finalidade”, aponta trecho da denúncia.