Resende quer conhecer o ‘milagre’ da organização da Exapicor

A 50ª Edição da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Resende começou a gerar polêmica com o anúncio de atrações antes mesmo de a organizadora ter sido contratada

Exposição milionária começou a gerar polêmica a partir de licitação ‘melada’

A Justiça deverá começar analisar nos próximos dias os documentos juntados em uma ação que propõe a identificação, punição e ressarcimento aos cofres públicos por parte do(s) verdadeiro(s) “dono(s)” da 50ª Edição da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Resende (Exapicor), evento realizado entre os dias 25 de setembro e 1º de outubro para comemorar os 216 anos da cidade do Sul Fluminense, celebrado em 29 de setembro. Oficialmente a festa multimilionária foi organizada pela Associação dos Sertanejos de Resende, por meio de uma carta-convite feita pela Prefeitura no último dia 23 de agosto, um dia após o pregão presencial 128/2017 ter sido declarado deserto. A festa teve sua principal atração artística anunciada antes mesmo de a organizadora ter sido contratada pela administração municipal, o que gerou uma série de questionamentos.

Aos olhares mais atentos, o tempo achatado e as exigências do edital teriam sido uma manobra para desestimular as empresas do setor a participarem da concorrência e assim favorecer o(s) “dono(s)” da festa, supostamente escondido(s) pelos “acordes” dos modestos sertanejos, que inclusive teriam subcontratado uma produtora de eventos, que não se interessou em participar do pregão 128/2017.

A tese foi levantada antes mesmo da licitação, quando a agenda de shows da página oficial da dupla sertaneja Mayara e Maraisa já informava a apresentação das irmãs mato-grossenses, o que acabou se confirmando pela divulgação da grade de shows da Exapicor. Embora a contratação da dupla sertaneja nada tenha a ver com possíveis irregularidades na realização do evento, a divulgação de Resende em sua agenda de shows antes da realização da licitação poderá ajudar as autoridades a descobrir se o governo do prefeito Diogo Balieiro Diniz andou realizando algum “milagre” para organização da festa, já que a confirmação de shows pelos artistas, segundo alguns produtores de eventos, costuma acontecer mediante antecipação de 50% do cachê, que no caso de Mayara e Maraisa gira em torno de R$ 300 mil.

 

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