A Prefeitura de Nova Iguaçu notificou a Cedae para que sejam tomadas providências urgentes para a solução dos transtornos ambientais e sociais causados aos moradores da Avenida Abílio Augusto de Távora (antiga Estrada de Madureira), no bairro Marapicu, devido a uma obra paralisada da empresa de saneamento na Serra de Madureira, que foi licenciada pelo Inea (Instituto Estadual de Ambiente).
No documento, a Secretaria Municipal de Infraestrutura destaca que a comunidade sofre com alagamento de ruas e casas e solicita “a adoção de providências urgentes para execução de desobstrução das redes de drenagem no local e prevenir futuros alagamentos”.
Em dias de chuvas, uma enorme quantidade de lama desce do morro, prejudicando sensivelmente o sistema de drenagem da região, que, até o início das obras da Cedae para a construção do reservatório, davam vazão às chuvas. Tanto que não há registros de queixas de moradores antes do início da intervenção da Cedae.
Outro problema observado pelos técnicos da Prefeitura é que a Cedae retirou sete hectares de vegetação da encosta da Serra de Madureira, uma contenção natural e fundamental para conter a água da chuva. Sem essa proteção, o solo fica solto e desce junto com a água, com resíduos e velocidade bem superior à anteriormente registrada, aumentando as chances de enxurradas, como a desta na última quinta-feira (15), que atingiu casas e ruas da localidade. A Empresa de Limpeza Urbana de Nova Iguaçu (EMLURB) retirou 40 toneladas de resíduos das vias afetadas. A Prefeitura, então, solicitou à Cedae que seja recuperada a vegetação a fim de proteger o solo e evitar novas erosões e seus consequentes prejuízos.
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente também solicitou que a Cedae dê informações sobre o projeto do reservatório, suas ações mitigadoras para a contenção do material solto e licença ambiental, entre outros.