Números sugerem que em Casimiro de Abreu a crise é de gestão

Receita vem aumentando desde janeiro de 2017, mas governo não mostra serviço

 

Há um ano, cinco meses e 16 dias no cargo, o prefeito Paulo Dames (foto) vem culpando a crise por tudo. A saúde vai mal? A resposta para isso está na ponta da língua: crise. A mesma alegação é usada para justificar a falta de ações de um governo que diz não ter como fazer obras, melhorar os serviços básicos nem atender as reivindicações dos servidores, mas não cansa de fazer nomeações para cargos comissionados. Entretanto, os números são claros e mostram que o volume de recursos financeiros tem aumentado bastante desde a posse de Dames. Em 2017, por exemplo, de acordo com o Portal da Transparência do governo federal, os repasses para Casimiro de Abreu superaram em mais de R$ 10 milhões o total transferido em 2016, último ano do mandato do prefeito Antonio Marcos Lemos, mas isso não importou em nenhuma melhoria. Esta semana o vereador Ramon Gidalte fez um duro discurso na Câmara e falou exatamente sobre isso: dinheiro a mais e ações de menos. O governo ficou em silêncio.

De acordo com os registros do governo federal, os repasses de 2016 somaram R$ 77.658.940,96 e no ano seguinte as transferências foram de R$ 87.929.915,19. Em 2017 os royalties do petróleo representaram uma receita de R$ 9,5 milhões além do total repassado no último ano do prefeito Antonio Marcos. Foram R$ 44.236.372,94 contra os R$ 34.690.696,20 registrados em 2016.

Se 2017 foi melhor que 2016 para o município em termos de arrecadação, o ano de 2018 deverá ser ainda melhor, pois os números registrados entre janeiro e maio são animadores. Até 31 de maio as transferências passaram de R$ 50 milhões. Segundo o Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação do Banco do Brasil foram R$ 9.284.353,42 em janeiro, R$ 11.515.980,50 em fevereiro, R$ 9.649.310,83 em março, R$ 8.539.285,36 em abril e R$ 11.804.268,89 no mês passado, exatamente R$ 50.793.199,00.

Em relação aos royalties pagos pela Agência Nacional do Petróleo, as transferências estão com valores bem superiores aos de 2016 e maiores que as do ano passado, segundo revelam os registros do Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação do Banco do Brasil: R$ 4.671.565,99 em janeiro, R$ 4.814.693,15 em fevereiro, R$ 5.436.751,69 em março, R$ 4.587.474,27 em abril e o total de R$ 5.032.723,92 no mês passado, um total de R$ 24.543.309,02 em cinco meses, mais da metade do que o município recebeu da ANP durante o exercício de 2017.

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