Itaguaí: Gil Torres diz que vai cassar concessão da Rio+

Moradores dizem que contas estão mais altas, mas falta água e obras paradas

Severina reclama que as contas são altas e que a concessionário levou o nome dela para o SPC

O candidato a prefeito da coligação “Filhos de Itaguaí” (PRD, PT, PV e PCdoB), Gil Torres, disse que, uma vez eleito, vai cassar a concessão da Rio+ Saneamento, diante da crise de abastecimento de água que afeta os bairros de Coroa Grande, Somel e Vila Geny. Durante suas caminhadas, Torres tem presenciado o sofrimento dos moradores, que enfrentam falta d’água e obras inacabadas pela empresa. Os moradores relatam que, além de pagarem contas exorbitantes, enfrentam problemas com as obras de instalação de tubulações, que ficaram inacabadas e deixaram as ruas esburacadas.

Moradora há 26 anos de Coroa Grande, Severina de Oliveira Julião (foto), 60 anos, é uma das que sofrem com a situação. Ela relata sua insatisfação com as contas mais altas do que na época da Cedae, mesmo sem receber o abastecimento de água regular. “Colocaram um hidrômetro que nem funciona direito, e eu ainda preciso pagar pela instalação. Já estou devendo mais de R$ 1.600 e meu nome foi para o SPC. Nunca a Cedae fez isso,” conta, indignada.

Severina também aponta a precariedade das obras. “Antes, a rua era linda. Agora está toda esburacada. Colocaram cimento, mas quando chove, vira um caos. Ninguém passa para limpar ou fazer manutenção, está tudo abandonado.”

Resposta da empresa – A concessionária Rio+ Saneamento, que assumiu o serviço de água e esgoto em Itaguaí após o leilão da Cedae, reconheceu os problemas apontados pelos moradores, mas garantiu que o abastecimento de água foi restabelecido nas áreas afetadas. Em nota, a empresa afirmou que está investindo R$ 34 milhões na modernização do sistema de distribuição de água, com a instalação de hidrômetros, bombas e válvulas, e que as obras de pavimentação estão em andamento.

A empresa também justificou a cobrança de contas sem hidrômetro, explicando que segue o regulamento da Agenersa, que estabelece a cobrança mínima para quem utiliza o serviço, mesmo sem medição de consumo.

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