Para que servem os recursos da educação em Japeri?

Os alunos da rede municipal estão sem transporte regular, a merenda está à meia boca e tem escola precisando de manutenção urgente

 

No ano passado, de acordo com o Demonstrativo de Transferências de Recursos do Banco do Brasil, as transferências constitucionais para o município de Japeri – fora os repasses ao setor de saúde e eventuais verbas de convênio – somaram R$ 112,6 milhões, boa parte deste volume destinado a rede de ensino, mas isto não significa que as coisas estejam bem no sistema de educação. Japeri continua na lanterninha do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), os estudantes estão sendo transportados na base do improviso, a merenda escolar perdeu muito em qualidade em relação a 2018, e tem unidade precisando de manutenção com urgência…

Que o digam os alunos da Escola Municipal João XXII. Esta unidade se divide em dois prédio, parte dela no Ciep 206. Neste anexo os alunos reclamam que água e urina se misturam mo chão, expondo os funcionários da limpeza a risco.

Sobre esta escola circulou recentemente nas redes sociais o apelo da diretora para que os professores participassem de uma vaquinha para consertar o bebedouro da administração, que estava precisando de um motor novo. O conserto ficaria em R$ 250 e estava sendo pedida uma contribuição de R$ 10 por funcionário. A vaquinha foi lançada no grupo da escola no aplicativo WatsApp, que foi desfeito logo após o vazamento da campanha.

Sem planejamento – O dinheiro do setor de educação vem do governo federal e do Fundeb. Chega mês a mês e não atrasa nunca. Mesmo assim a Prefeitura andou vacilando feio. Mesmo sabendo que o ano letivo começaria em fevereiro perdeu o time para a licitação da merenda escolar. O pregão deveria ter sido feito em dezembro e só foi realizado dois meses. Por conta disto, reclamam pais de alunos, a alimentação ainda não foi normalizada e teria perdido em qualidade numa comparação com o ano letivo anterior.

A mesma bobeira foi marcada pela Prefeitura em relação ao transporte dos estudantes. Sabia que o Tribunal de Contas do Estado não iria permitir a renovação do contrato firmado para uma frota irregular, mas não abriu edital e até hoje são se sabe o que será feito para resolver o problema.

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