Prefeito de Resende quer imprimir sua cor preferida nos bens públicos

E começa quebrar benfeitorias feitas nas administrações anteriores

 

“Esse caquinho aí nós vamos tirar. Não quero mais saber de caquinho em posto não”. Essas foram as palavras usadas pelo prefeito de Resende, Diogo Balieiro, ao determinar a retirada de revestimentos de cerâmica utilizados recentemente nas fachadas dos postos de saúde e outros prédios municipais. Embora tenham sido realizadas nas administrações anteriores, as benfeitorias pertencem à população, já que foram custeadas com o dinheiro público. Mas ao que parece, o atual gestor quer promover o “azul marinho”, cor adotada por seu governo.

O argumento oficial seria infiltração no revestimento cerâmico, mas o que se vê são os pedreiros utilizando talhadeiras e marretas para conseguirem retirar as pastilhas e cacos coloridos, que vão sendo substituídos pela “cor do prefeito”.

Apelidado de “prefeito pintor” já nos primeiros dias de seu mandato, o governante já dava sinais de que estava mais preocupado em colocar em prática uma programação visual que estivesse vinculada ao seu mandato. Uma empreitada que custou alguns milhares de litros de tinta ao bolso dos contribuintes resendenses, e que demonstra que o rapaz ainda conserva vícios da “velha política” ao desfazer e refazer obras realizadas por adversários.

 Enquanto isso, a cidade conserva os mesmos problemas estruturais, tais como a ineficiência no sistema de drenagem de águas pluviais, falta de médicos nos postos de saúde e até falta de pilhas em equipamentos médicos. Os estudantes universitários continuam sem transporte e as mães clamam por vagas em creches, enquanto algumas vagas estariam sendo disponibilizadas por apadrinhamento do secretário de Administração Kaio Márcio Resende, um dos braços direito do prefeito.

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