Setembro de qual ano, prefeito?

Prefeitura de Queimados prometeu inaugurar maternidade há um ano, mas ainda nem pagou o que deve pela desapropriação do prédio, ocorrida em 2015

Carlos Vilela tinha prometido inaugurar a unidade em setembro de 2018 (Foto: Everton Barsan)

No dia 10 de julho de 2018, em visita as obras de reforma de reforma e ampliação do prédio desapropriado para dar lugar ao Hospital Maternidade de Queimados, o prefeito Carlos Vilela (MDB), anunciou que a unidade seria inaugurada em setembro. Lá se vai um ano e as crianças do município continuam nascendo em Nova Iguaçu, Mesquita e São João de Meriti, e, tem mais, o pagamento da desapropriação ainda não foi feito, embora a Prefeitura já tenha gasto mais de R$ 3,2 milhões pelas intervenções, orçadas inicialmente em R$ 2.413.283,16.

Naquele dia Vilela disse que 70% estavam concluídas e afirmou: “Avançamos bastante em relação a inspeção anterior. Não vemos a hora de entregar essa maternidade para as nossas mamães. Será uma maternidade regional, ou seja, vai atender Queimados e as cidades vizinhas. Além disso, faremos cirurgias eletivas que representam hoje uma demanda de cerca de 7 mil moradores da nossa região.”

O que se comenta entre o próprio grupo do prefeito é que a abertura poderá ficar para mais perto das eleições de 2020, embora Vilela tenha dito no mês passado  que acontecerá ainda este ano, pois estariam faltando “apenas os aparelho de ar- condicionado e os gases”.

O prédio desapropriado era a  Casa de Saúde Bom Pastor, fechada em 2014 porque seus donos não conseguiam mais arcar com as despesas, pois recebiam da Prefeitura repasse de apenas cerca de R$ 200 mil por mês para cobrir gastos com uma média de 250 partos, cirurgias eletivas, internação e garantir atendimento 24 horas, enquanto a OS contratada para gerir o Centro Especializado no Tratamento de Hipertensão e Diabetes (CETHID), que não interna, não opera e nem tem atendimento 24 horas, recebia e ainda recebe mais de R$ 800 mil mensais.

As obras foram contratadas em 11 de novembro de 2017 junto à BVB Construção por R$ 2.413.283,16. O prazo de entrega do prédio pronto venceu no dia 9 de julho de 2018. Em 2 de agosto o prazo foi ampliado em seis meses e o valor do contrato foi acrescido em R$ 351.698,00. No dia 27 deste ano o prefeito Carlos Vilela firmou mais um termo aditivo, este no valor de R$ 457.911,65, elevando o custo total das obras a R$ 3.222.892,81.

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