O ministro Edson Fachin, reelator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, homologou nesta quinta-feira (6), a delação premiada proposto pelo ex-governador do Rio, Sergio Cabral. O acordo de conteúdo explosivo teve de passar pelo crivo do STF por envolver autoridades com prerrogativa de foro privilegiado, como ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e políticos. A delação foi aceita mesmo contra a vontade da Procuradoria Geral da República.
No acordo está acertado que o ex-governador vai devolver R$ 380 milhões aos cofres públicos, mas ainda não se sabe quais os benefícios ele poderá colher com a colaboração. Cabral tem 13 condenações, uma soma de 280 anos de prisão.
A delação foi assinada pelo ex-governador em novembro do ano passado, depois de longo período de conversas com a Polícia Federal. Comenta-se nos corredores do poder que o ex-governador teria feito revelações bombásticas, inclusive sobre indicação de magistrados a tribunais.