Não é só salários que o prefeito de Campos dos Goytacazes, município do Norte Fluminense, vem atrasando. Ele também vem deixando de pagar prestações dos acordos de parcelamento de dívidas contraídas com o instituto de previdência dos servidores, o Previ Campos pela retenção das contribuições dos funcionários e da alíquota patronal ao longo dos anos. Ao todo Rafael Diniz assinou oito acordos que somam mais de R$ 243 milhões, mas os parcelamentos, aponta o Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (CADPREV), estão com quatro prestações atrasadas cada um, uma soma de R$ 6.122.913,07, em números apurados até o dia 16, o que pode ser constatado aqui.
Além dos oito parcelamentos aceitos, ainda existem três sendo analisados, com valor total de R$ 22,5 milhões. O CADPREV mostra, também, cinco acordos repactuados – de 2013, outro de 2014 e três de 2016 –, somando R$ 213,9 milhões, além de um déficit atuarial de R$ 3.638.114.417,97, de acordo com avaliação feita em 2018 (confira aqui).
Transparência questionada – Alguns servidores mostram preocupação com a dificuldade em conseguir informações sobre a situação financeira o órgão previdenciário deles, porque dados que deveriam estar disponibilizados de forma clara para eles e para qualquer situação interessado em fazer o controle social garantido por lei não são encontrados no site oficial (http://www.previcampos.campos.rj.gov.br) do instituto.
Até ontem (17), por exemplo, o último balancete disponível refere-se a julho do ano passado. Quem busca por um demonstrativo contábil atualizado ou pelo relatório de investimentos depara com documentos datados de dezembro de 2018.
O espaço está aberto para manifestação da administração municipal e da direção do Previ Campos.
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