
Mogi Mirim, município do interior de São Paulo, está a 500 quilômetros de Valença, cidade do Sul Fluminense, mas é lá que a administração do prefeito Luiz Fernando Graça foi encontrar uma empresa para fazer a segurança das barreiras sanitárias instaladas para controlar o isolamento social imposto pelo riscos de contaminação do novo coronavírus, serviço que nos demais municípios está sendo executado por agentes da Guarda Municipal.
Sem licitação, com recursos do Fundo Municipal de Saúde, a Real Master Serviços Gerais – que não tem o item segurança entre suas atividades econômicas – foi contratada por R$ 214 mil, em um ato nada transparente. Não dá para saber, por exemplo, quantas pessoas estarão atuando na “segurança para fiscalização nas barreiras sanitárias no combate ao covid 19”, objeto contratado, e única informação disponível sobre esta contratação no Portal de Transparência da Prefeitura, o que pode ser conferido aqui.
Pelo que está registrado no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica a Real Master tem como atividade “serviços combinados para apoio a edifícios”, não fazendo nenhuma menção ao serviço de segurança ou fiscalização relacionados ao empenho número 2020050000548, emitido na última sexta-feira (15), no valor exato de R$ 214.290,00.
Segundo o cadastro, a empresa contratada está sediada na Rua Professora Maria Conceição Ferreira Alves Milano, 44, no bairro Jardim Cintra, em Mogi Mirim.
O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Valença.