MP diz que total apreendido na operação contra fraude na saúde do Rio é de R$ 8,5 milhões e revela que dinheiro foi entregue espontaneamente por um dos investigados, sem relacionar o valor a Edmar Santos

O nome do ex-secretário Edmar Santos aparece apenas numa das guias do depósito judicial feito pelo Ministério Público

Não foram cerca de R$ 6 milhões, mas R$ 8,5 milhões. Esse é o montante apreendido na operação realizada ontem (10) pelo Ministério Público e agentes da Delegacia Fazendária, na qual foi preso o ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos. O esclarecimento foi feito neste sábado em nota oficial do MP, que divulgou também as guias de depósito referentes ao valor apreendido e recolhido em uma conta judicial no Banco do Brasil. O nome do ex-secretário aparece em apenas uma das guias, uma no valor de R$ 5.548,00. Nas demais o nome do réu está encoberto, o que pode ser conferido aqui.

Ontem havia sido divulgado que o dinheiro tinha sido apreendido em um dos endereços do ex-secretário de Saúde e que a quantia era de cerca de R$ 6 milhões, mas na nota o MP revela que os valores foram entregues “espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de seu advogado”, sem mencionar o nome de Edmar.

Nota de esclarecimento do MP – “O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro esclarece que o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ) apreendeu o total de R$ 8.5 milhões na fase da Operação Mercadores do Caos realizada nesta sexta-feira (10/06). Desse montante, cerca de R$ 7 milhões estavam em reais e o restante em dólares americanos, euros e libras esterlinas. Os valores foram entregues ao MPRJ espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de seu advogado. 

Levado para a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), o dinheiro foi manipulado com luvas, e contabilizado na presença do investigado e de seu advogado, com posterior depósito em conta judicial do Banco do Brasil. Após a contabilização, todos os invólucros onde estavam as notas foram preservados para encaminhamento ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Para a essencial imediata contagem do dinheiro, o Banco do Brasil emprestou máquinas de contar cédulas e colocou à disposição agência com funcionário além do horário limite. A agência se localiza ao lado do edifício sede do MPRJ, o que facilita o transporte e a segurança, considerando que as contas judiciais devem ser abertas no Banco do Brasil. As diligências terminaram na madrugada deste sábado (11/07). A Delegacia Especial de Crimes Contra a Fazenda (Delfaz) teve atuação destacada no êxito da Operação Mercadores do Caos atuando na custódia do preso Edmar Santos.”

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