Lei da suspensão dos repasses à previdência dos funcionários públicos de Valença sai de pauta depois de pressão dos servidores: prefeito queria reter pagamento da contribuição patronal até dezembro, o que resultaria em dívida de R$ 7,4 milhões para a futura gestão pagar

Para o vereador Marquinho da Saúde o recuo foi uma grande vitória para os servidores

Estava tudo pronto para que um projeto de lei proposto pelo prefeito Luiz Fernando Graça (foto) – autorizando a suspensão da contribuição patronal ao  Instituto Municipal de Previdência dos Servidores Públicos de Valença (Previ-Valença), quando, a pedido do próprio governo, a matéria foi retirada de pauta. Isso ocorreu na sessão da última terça-feira (28), quando a aprovação já estaria certa. Essa foi a segunda recuada. A primeira foi na semana passada a pedido do líder de governo, que percebeu que não haveria clima para a votação.

Segundo o vereador Marcos da Silva Marques, o Marquinho da Saúde, o recuo foi uma vitória dos servidores. O parlamentar, que já havia se manifestação contra, parabenizou a atuação do sindicato dos funcionários do município, que, segundo ele.

De acordo com o vereador, o governo pretendia suspender  os repasses da alíquota paga pela Prefeitura no período de março a dezembro, o que causaria um rombo de cerca de R$ 740 mil por mês, uma retenção de mais de R$ 7 milhões, o que resultaria em dívida para a próxima gestão, que seria obrigada a optar pelo parcelamento.

Com vários parcelamentos pendentes – resultado de dívidas antigas geradas pela retenção das contribuições por parte da Prefeitura – o Previ-Valença não está em situação financeira tão boa assim para deixar de receber as contribuições patronais. O que o prefeito Luiz Fernando Graça pretendeu fazer já aconteceu em várias cidades, como Paty do Alferes, por exemplo.

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