Amigos de Edmar Santos temem pela segurança dele

Ex-secretário de Saúde do Rio, em anexo à delação já feita, contou ter sido ameaçado na prisão

Edmar viu tom de ameaça em recado recebido na prisão

Pouco ainda se sabe sobre a delação premiada do ex-secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, já homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, mas a notícia de que ele teria sido ameaçado na prisão preocupa bastante a amigos e familiares.

O relato feito por ele na última quarta-feira (12) na presença de dois advogados, três procuradores da República e um membro do Ministério Público do Rio de Janeiro, e no mesmo dia enviado à sub-procuradora-geral Lindôra Maria Araújo como “termos complementares de colaboração”, está preocupando bastante, pois nele o ex-secretário conta ter sofrido pressão para confirmar se tinha firmado acordo de delação e ter recebido conselho para mudar de advogado, o que foi como ameaça, até porque uma das abordagens foi feita por um sargento do Bope recolhido na mesma prisão.

De acordo Edmar ele foi abordado duas vezes por elementos da Polícia Militar enquanto estava no Batalhão Prisional da corporação, em Niterói. Ele disse que um sargento, se apresentando como “próximo ao deputado Márcio Canela e outros políticos”, tentou “buscar informações a respeito de possível colaboração, de maneira indireta, por meio de sondagens”.

Edmar disse  acreditar que “as perguntas não foram motivadas por mera curiosidade pela frequência pelas quais foram feitas”. Ainda segundo o ex-secretário, numa segunda oportunidade foi procurado por um homem que se apresentou como tenente Cabana lhe disse que um capitão teria mandado dizer Edmar “deveria trocar de advogado e que, caso obedecesse, o grupo não o abandonaria”.

Esse recado, contou Santos, foi entendido em dois sentidos: “o primeiro de apoio financeiro e no segundo um tom de ameaça”, e que acredita que o grupo citado “seja o grupo do pastor Everaldo, Edson Torres e Victor Hugo”.

No complemento da colaboração Edmar Santos disse que entendeu a frase dita pelo tenente Cabana como “uma mensagem de que caso fizesse acordo de colaboração estaria traindo o grupo”.

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