Itatiaia: uma derrota de Dudu pode representar o fim do reinado do grupo Locanty que vem faturando alto há anos no município

Com contratos licitados ou na base das alegadas emergências, o grupo Locanty vem se perpetuando em Itatiaia, desde que o então distrito de Resende, no Sul Fluminense, tornou-se município, mas os serviços de varrição, coleta e transporte de lixo podem mudar de operador na cidade, se o prefeito Eduardo Guedes, o Dudu (foto), for derrotado nas urnas. É isso que tem se ouvido durante a campanha eleitoral, com o aumento das queixas contra a precariedade dos serviços prestados pela empresa Atitude Ambiental. A esperança agora é que a coisa mude se mudar o prefeito.

Fundado pelo empresário João Alberto Felippo Barreto, o Joãozinho da Locanty, o grupo já operou no município com vários nomes. Começou com a própria Locanty, depois com as empresas Própria e Rio Zin, e agora opera com a Atitude Assessoria Ambiental, controlada por Pedro Jorge Duarte Barreto, sobrinho de João.

Faturamento – O sistema que registra os pagamentos feitos pela Prefeitura de Itatiaia está desatualizado e só mostra as despesas quitadas a partir de 2009, mas a atuação do grupo no município começou bem antes. No sistema aparecem transferências ao grupo que somam R$ 43 milhões entre 2009 e 2020, sendo R$ 18,7 milhões pagos pela gestão do prefeito Eduardo Guedes, muito dinheiro para um serviço apontado como ruim por boa parte dos moradores.

Pelo que está no sistema, os pagamentos foram feitos a quatro empresas, com a Locanty recebendo R$ 5.679.097,49 entre 2009 e 2012, a Própria Ambiental R$ 14.917.115,43 de 2013 a 2016 e a Rio Zin R$ 18,7 milhões entre 2016 e 2019. Sucessora da Rio Zin, a Atitude Assessoria Ambiental recebeu até agora R$ 3.639.342,41, sendo R$ 1.154.375,67 em 2019 e R$ 2.484.966,74 entre 1º de janeiro e 30 de setembro deste ano.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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