Depois de Duque de Caxias, onde começou com a atividade de coleta de lixo e atuou por longos anos, o grupo Locanty tinha no município de Mangaratiba os seus melhores contratos, com recebimentos que somaram mais de R$ 230 milhões entre 2005 e início de 2019, conforme pode ser conferido nos links disponibilizados no fim da matéria. Em 2018, quando se esperava mudanças no serviço de limpeza pública – com uma licitação anunciada pelo então prefeito Aarão de Moura Brito –, um edital com vários erros apontados pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro frustrou os que acreditavam na saída do grupo da cidade, com o certame sendo suspenso, o que gerou a assinatura de dois contratos emergenciais com nove meses de duração, a partir de um decreto de situação de emergência assinado por Aarão.
Sobrevivendo com o nome Atitude Ambiental nos municípios de Valença e Itatiaia – onde teve contratos emergenciais e depois venceu licitações – o grupo, assim como ocorria em Mangaratiba, é criticado pela qualidade dos serviços prestados e é alvo de reclamações trabalhistas. Por lá, a esperança de ver a empresa pelas costas, estaria na mudança no comando do governo, assim como aconteceu em Mangaratiba, onde, logo após vencer a eleição suplementar de 2018, o prefeito Alan Bombeiro anunciou que tiraria a Rio Zin da cidade, o que aconteceu ao termino de um contrato sem licitação firmado pelo prefeito interino Charles da Vídeo Locadora.
Números – Segundo revelam com dados armazenados no sistema que registra os pagamentos de despesas feitas pela Prefeitura, o grupo atuou no município de Mangaratiba com quatro nomes diferentes durante 14 anos.
Em 2005, 2010, 2011 e 2012 foram feitas transferências no total de R$ 43,5 milhões em nome da Locanty, enquanto a Limpacol recebeu, R$ 31,1 milhões, soma de valores pagos em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Depois da Locanty e da Limpacol veio a Própria Ambiental, com pagamentos que totalizam mais de R$ 79 milhões, com as transferências realizadas em 2008, 2009, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.
Em 2016, na gestão do prefeito Ruy Quintanilha, a razão social da Própria foi trocada por Rio Zin, e essa recebeu mais de R$ 85 milhões, sendo R$ 18,3 milhões em 2016. R$ 28,3 milhões em 2017, R$ 25,9 milhões em 2018 e R$ 13,1 milhões em 2019.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.
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