Interdição feita pelo Inea não seria o único motivo para falta de coleta de lixo em Magé: trabalhadores reclamam de atraso de salário, mesmo a empresa responsável pelo serviço tendo recebido mais de R$ 55 milhões

Só este ano a prestadora dos serviços de coleta recebeu R$ 14,8 milhões de Magé

Elizeu Pires

O serviço de coleta de lixo foi retomado em Magé ontem (28), depois de uma interrupção, de acordo com informação da Prefeitura, causada pela interdição do aterro sanitário feita pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), ocorrida no dia 23 de dezembro. O recolhimento dos resíduos, entretanto, vinha sendo feito de forma irregular há cerca de um mês, segundo reclamam moradores de vários bairros.

Se a população reclama da sujeira nas ruas, trabalhadores se queixam de atraso nos salários e do não pagamento do décimo terceiro, o que não deveria acontecer, pois a administração municipal paga caro por isso à empresa Líbano Serviços de Limpeza Urbana e Construção Civil, contratada inicialmente sem licitação em 2016, e que já recebeu pelo menos R$ 55 milhões dos cofres públicos de Magé.

Valores altos – Desatualizado, o sistema usado pela Prefeitura para registrar as despesas pagas através do Portal da Transparência não pode ser considerado como fonte confiável de informações, pois, devido à defasagem dos dados os valores pagos podem ser maiores, mas nele constam oito transferências feitas este ano para a Líbano Serviços, uma soma de R$ 14.818.733,25.

Somando os valores pagos à empresa a partir de maio de 2016, as transferências totais chegam a R$ 55.073 milhões. Pelo que está no sistema a Líbano recebeu R$ 4.061.187,26 em 2016, R$ 6.122.509,12 em 2017, R$ 11.585.860,80 no ano seguinte, e R$ 18.495.419,54 em 2019.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Magé.

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