Macaé: Procurador e secretário de Planejamento são denunciados por suposto mau uso de dinheiro público repassado a União de Estudantes

Elizeu Pires

O procurador geral do município de Macaé, Fabiano Lima Paschoal de Souza, e o secretário de Planejamento Wagner Carvalho Motta, foram denunciados ao Ministério Público por supostas irregularidades no uso de recursos públicos repassados à União Municipal dos Estudantes UME), entidade que era dirigida por eles. Representação nesse sentido foi protocolada pela União dos Advogados do Norte Fluminense (UANF) que, além da responsabilização criminal dos dois, está pedindo que eles sejam afastados dos cargos para os quais foram nomeados pelo prefeito Welberth Rezende, do qual, segundo a denúncia, seriam sócios em um escritório de advocacia.

A representação atinge ainda Waléria Carvalho Motta e Denise Carvalho Motta, irmã e mãe de Wagner, que junto com Fabiano e Waléria fizeram parte da diretoria da UME no período de 2005 a 2008, tempo em que o município era governado pelo prefeito Riverton Mussi. Fabiano era o presidente da entidade, Wagner tesoureiro, enquanto Waléria exercia a função de Ensino Fundamental e Médio. 

A denúncia cita que durante a gestão dos três a instituição recebeu da Prefeitura a título de subvenção social, valores que atualmente chegam próximos a R$ 600 mil corrigidos. Na representação a UANF destaca que o hoje procurador geral de Macaé já réu em uma Ação Civil Pública proposta pelo MP, “após receber diversas denúncias de mau uso do dinheiro público”.

De acordo com a denúncia, Waléria, “mesmo sendo diretora da entidade, recebeu reiteradas vezes entre os anos de 2005 a 2008 diversos pagamentos efetuados pela UME justificados como “serviços de Secretária”, “atendimento na sede da UME, gratificação natalina, transporte, alimentação e ajuda de custo”. Quanto à Denize, o documento protocolado no MP cita que ela, embora não integrasse a diretoria executiva da UME, “mas na condição de mãe do tesoureiro recebeu por serviços prestados como “limpeza e montagem e estrutura de evento”, cujos recibos estão anexados na representação.

“Sob a gerência financeira de Wagner Motta, a UME desvirtuou completamente a subvenção social do município e utilizou verba pública para realizar gastos bizarros como, por exemplo, inúmeros lanches, refeições e jantares para os diretores; compras em supermercados, gasolina para uso em carro particular, corridas de táxi, pães, legumes a até produtos de Umbanda”, diz um trecho da representação que pode ser conferida aqui.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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