Ex-prefeito de Italva pega cinco anos de inelegibilidades em processo no qual foi denunciado pela troca de cesarianas por votos

Elizeu Pires

Condenado em 2018 por improbidade administrativa pela compra de materiais de construção sem licitação em processo julgado pelo pelo juiz Rodrigo Pinheiro Rebouças, da Vara Única de Italva, o ex-prefeito Joelson Gomes Soares (foto) voltou a sentir o peso da mão do magistrado esta semana, desta vez por trocar por votos operações de cesariana.  Pelo que foi denunciado à Justiça, o político autorizava as cirurgias mediante a comprovação de que as gestantes eram eleitoras do município. A pena é de cinco anos de inelegibilidade.

As compras de materiais de construção sem licitação apontadas no primeiro processo ocorreram no período de 2009 e 2012, e com Joelson foram condenados, também, os ex-secretários de Obras Jairo Gomes de Souza Júnior, Ledir Rangel , João Batista Nogueira e Pedro Soares de Almeida. Na sentença o juiz destacou que “sem margem para dúvidas a prática de fraude à lei de licitações em decorrência do fracionamento indevido de certames”.

Coisa de família –  Joelson era vice do prefeito Eliel Almeida e assumiu a Prefeitura em 2009, com a morte do titular. Em 2012 ele disputou a reeleição e ficou em segundo lugar, mas em 2016 ele conseguiu eleger a esposa, Margarete Soares, que usou na urna Joelson como sobrenome.  Margarete teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral por compra de votos.

A sentença dada também pelo juiz Rodrigo Pinheiro Rebouças, em 2017, foi mantida, por unanimidade, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, cujos componentes entenderam que ficou comprovado que houve promessa de emprego para eleitores em troca dos votos e pagamento de exames médicos com a mesma finalidade.

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