Quem tem covid tem pressa e necessita de atendimento médico rápido, mas parece que o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer não sabe disso. No dia 26 de fevereiro a imprensa alertava sob o risco de fechamento do centro de triagem que recebia pessoas com sintomas de contaminação pelo novo coronavírus e procedia com o tratamento, corria risco de ser fechado porque os terceirizados que nele atuavam estavam sem contrato. De nada adiantou o alerta. O centro para internação foi fechado uma semana depois, passando a atender apenas das 8h às 17h, pois os leitos foram retirados. A Prefeitura alega que o custo para mantê-lo é muito alto, cerca de R$ 2,7 milhões por mês, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

A ideia, de acordo com uma fonte ligada ao governo, é devolver ao local o tratamento de hipertensão e diabetes, como procedimentos aos quais o espaço era destinado antes da pandemia de Covid-19. As reclamações como o novo jeito de o município tratar os pacientes acometidos pela doença começaram logo no início de fevereiro, quando alguns internados foram transferidos.

O problema é que a Prefeitura resolveu acabar com a internação no Centro de Triagem num momento em que o número de casos vem crescendo. Em uma semana, por exemplo, o número de pessoas contaminadas subiu de 3.317 no dia 1º de março para 3.287 no dia 8. Até ontem (9) tinham sido registrados 121 óbitos.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados.