Ex-prefeito de Carmo enterrava em sítio dinheiro de propina recebida da empresa que fazia a coleta de lixo na cidade

Elizeu Pires

Prefeito do município de Carmo de fevereiro de 2015 a 31 de dezembro do ano passado, Paulo César Gonçalves Ladeira (foto) foi preso na continuidade da Operação Chorume, deflagrada pela Polícia Civil em apoio ao Ministério Público na última sexta-feira (25), quando foram presos o empresário Murilo Neves de Moura – um dos donos da empresa Forte Engenharia, que fazia a coleta de lixo no município –, o ex-secretário de Meio Ambiente Ronaldo Rocha Ribeiro e a vereadora  Rita Estefânia Gozzi Farsura, mais conhecida como Faninha.

O político foi preso depois de prestar depoimento na 112ª DP (Carmo). Ele foi autuado por lavagem de dinheiro, na modalidade de ocultar valores oriundos de crime, com intuito de inviabilizar sua localização. Depois do depoimento ele levou os policiais até um sítio de sua propriedade, onde foram encontrados enterrados cerca de R$ 130 mil, fruto, segundo ele mesmo confessou, de propina paga pela empresa responsável pela coleta de lixo no município durante a gestão dele.

Superfaturamento – Em janeiro a administração municipal de Carmo divulgou uma nota oficial informando que havia rescindido o contrato com a Forte Engenharia – também usa o nome fantasia Forte Ambiental que, segundo a Prefeitura, apresentava um superfaturamento de R$ 2 milhões, e contratado uma por valor menor que chegaria a R$ 150 menos ao mês.

“A empresa Forte Engenharia que recolheu lixo e fez limpeza urbana na cidade de Carmo na Administração César Ladeira além de ser contratada com superfaturamento de quase R$ 2.000.000,00 ano, também os empregados não tiveram carteira de trabalho assinada (denúncias do Fiscal de Contrato da Administração anterior) o que está resultando em Ajuizamento de dezenas de Reclamações Trabalhistas. A empresa Forte Engenharia devido a greve de grande parte dos servidores lesados negligenciou na limpeza urbana”, diz um trecho da nota oficial.

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