Dona Flor troca a bandeira do bloco pela tocha olímpica

Dona Flor: “Até hoje, eu não sinto coluna, não sinto nada de dor nos ossos. Nunca fui internada em hospital nenhum” (Foto: Divulgação/PMRO)

Aos 103 anos a moradora de Rio das Ostras foi escolhida para conduzir o fogo simbólico dos jogos olímpicos

Esbanjando alegria e animação todos os anos Florisbela Lessa cai na folia. É a porta-bandeira do Bloco da Terceira Idade, tarefa que cumpre com orgulho, mesmo depois de um século de vida. Nascida no município de São João da Barra em 1913, vive em Rio das Ostras – onde, no dia 1º de agosto, vai carregar a tocha olímpica – desde 1996. Ela é a segunda centenária escolhida para esta missão. A primeira é Eva Maria de Oliveira, que aos 106 anos ainda cuida da casa onde mora, no bairro da Rasa, em Búzios. A passagem da tocha por lá vai acontecer na mesma data de Rio das Ostras, mas Dona Eva, ao contrário de Dona Flor, já disse que não está muito animada e só vai “por educação”, pois já gosta não mais de sair de casa. Já Florisbela comemorou o convite: “Estou doida para que chegue a hora de eu carregar essa tocha”.

Carregar a tocha, para Dona For, será muito importante, mas ela gosta mesmo é do carnaval e de participar dos festejos da cidade. Em dias de evento ela se enfeita toda e mostra em público saúde e vitalidade, mesmo tendo lutado a vida toda para alimentar e cuidar dos cinco filhos, pois foi abandonada pelo o marido quando o mais novo era apenas um bebê. Sobre o carnaval costuma dizer no final de cada desfile que acontece ao som de antigas marchinhas:

“Enquanto estiver com saúde vou desfilar no carnaval. É bom demais. Uma festa linda”.

Dona Flor diz que nunca fumou ou ingeriu bebida alcoólica e que jamais perdeu uma noite de sono. Conta o segredo da longevidade, que aproveita com saúde. Ela diz ainda que foi criada sem tomar remédio e que “nem sabia o que era isso”. Fala que não sente do na coluna nem nos osso e nunca fui internada em hospital algum. O único lamento é quanto à falta de tranquilidade. Ela até parou de estudar por causa disto.  Sim, Florisbela estudava. Aos 94 anos aprendeu a assinar o nome e só não foi mais adiante nos estuda por medo de sair de casa a noite.

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