Ela venceu a doença e agora busca a vitória no esporte

Maria Rita venceu a doença praticando esporte e agora precisa de apoio para continuar perseguindo o sonho de ser uma grande campeã (Foto: Glaucio Burle)

Faixa preta de 10 anos precisa de apoio para continuar sonhando

A prática do esporte foi sugerida pelos médicos depois de ela ter sido submetida a tratamento a base de hormônio de crescimento (GH), medicação que deveria ser estendida por prazo indeterminado na vida desta menina da Baixada Fluminense, mas geraria outros problemas de saúde com a continuidade, o que poderia complicar ainda mais a situação. Foi aí que o taekwondo surgiu como remédio, quando, aos quatro anos de idade e apresentando peso e altura de crianças com um ano e meio (10kg), a menina conheceu o mestre José Bastos, do Projeto Lutando por Vidas e hoje lutar pela saúde já não é mais necessário: a batalha agora é pela realização do sonho de ser uma grande campeã e para isso ela precisa de apoio, patrocínio para chegar a competições ainda maiores.

Moradora de São João de Meriti, município da Baixada Fluminense, Maria Rita dos Santos Pereira tem dez anos e é a mais jovem faixa preta de taekwondo do Brasil. Ela encontrou na modalidade esportiva o que pode ser chamado de “milagre”, pois o esporte contribui para ativar o desenvolvimento ósseo e muscular da menina que, devido a uma parada cardiorrespiratória logo ao nascer, passou a apresentar grave falha no crescimento.

Segundo Norma Silvana, mãe de Maria Rita, depois de alguns dias de internação ela foi alertada para o risco de a criança ser “especial”. Ela cita que a filha venceu os problemas de saúde, mas esbarra na falta de patrocínio para seguir sonhando. “Além de ela ter nascido muito pequena, o problema respiratório deixou minha filha quase preta. Os médicos perguntavam se eu acreditava em Deus. Sempre acreditei. E, hoje, minha filha está aqui, praticando esporte e sonhando representar o Brasil em uma edição de Jogos Olímpicos lutando taekwondo”, conta Norma, informando ainda que os exercícios físicos fizeram o GH aumentar e deram novo horizonte para o futuro de Maria Rita.

A mãe conta que durante consultas de rotina os médicos foram sendo surpreendidos com a evolução de peso e altura da menina, que com apenas quatro meses de treinos já participava de exame de graduação para faixa amarela e, na sequência, acabou se tornando monitora voluntária do Projeto Lutando Por Vidas, desenvolvido, entre outros lugares, na Guarda Civil Municipal de São João de Meriti,

No dia 27 de junho Maria Rita completou um ano da conquista da faixa preta e ela já tem muita história para contar. Conquistou 25 medalhas em campeonatos e chama a atenção até mesmo de atletas de outras modalidades, como aconteceu durante a 25ª edição dos Jogos da Juventude (Giochi Della Gioventu), organizado por meio de parceria entre o Comitê Olímpico Nacional Italiano no Brasil e o Projeto Lutando Por Vidas.

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