Onde está a grana dos professores, secretário?

Rui Aguiar, de acordo com membros do governo, manda mais que o prefeito Marcos Aurélio (Foto:PMG)

É o que profissionais de ensino de Guapimirim querem saber

Sempre que questionado pelos profissionais da rede municipal de ensino de Guapimirim sobre atrasos no pagamento de salários ou vantagens asseguradas pelos recursos repassados ao município pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação o secretário Rui Aguiar tem sempre a mesma resposta na ponta da língua. Diz aos que o questionam que os repasses estão caindo muito, diminuindo a cada mês, mas não é isto que mostram dados oficiais, revelando, inclusive, que além de os valores do Fundeb não terem sofrido queda alguma em relação aos exercícios de 2014 e 2015, pelo menos R$ 3 milhões do total repassado este ano estão comprometidos em seis processos de compras e serviços, sendo que apenas um deles, o de uma jornada pedagógica considerada “desnecessária e infrutífera” por alguns servidores, foi executado até agora, ao custo de R$ 395 mil.

De acordo com o Sistema de Distribuição de Arrecadação do Banco do Brasil, de 1º de janeiro deste ano até o dia 31 de agosto os repasses do Fundeb ao município de Guapimirim somaram R$ 17.629.802,73, R$ 1.126 milhão a mais que o total registrado em igual período no ano passado, quando de janeiro a agosto os repasses foram de R$ 16.503.663,98. Ao todo os repasses de 2015 somaram R$ 24.954.626,42, mais que os R$ 23.542 milhões computados no exercício de 2014, quando a crise financeira que afeta a maioria dos municípios do estado do Rio de Janeiro ainda não tinha chegado às administrações públicas.

Segundo documentos aos quais o elizeupires.com, além dos R$ 395.450,00 usados para custear a Jornada Pedagógica (processo administrativo 9570/15, executado), a Secretaria Municipal de Educação comprometeu R$ 588 mil para compra de livros didáticos (9324/15 em tramitação), R$ 712 mil para implantar serviço de internet nas escolas (9575/15, parado), R$ 790 mil na compra de softwer de gestão escolar (9576/15, tramitando), R$ 165 mil em kits de sonorização (9919/15, parado) e R$ 170 para comprar equipamentos de informática (9920/15, parado). Embora tenham sido iniciados no final do ano passado, todos os seis processos estão no orçamento deste ano.

Para boa parte dos funcionários da rede de Educação, o secretário parece mais preocupado em fazer campanha eleitoral do que em gerir o setor, garantir condições de trabalho e assegurar que merenda escolar de qualidade não falte à mesa dos alunos. Gravações em áudio e vídeo nas quais ele aparece ao lado da vereadora Rizê Silvério (ex-secretária de Educação) usando reuniões que seriam de trabalho para pedir empenho na reeleição dela já foram divulgados e encaminhados às autoridades pelo próprios servidores, que estão revoltados com o que chamam de abandono do setor. “Por fora é tudo muito bonitinho, mas quem está dentro é que sabe como a coisa está feia”, diz uma professora.

Comentários:

  1. Dá Dó dos professores e funcionários que são obrigados a se sujeitarem a tais ações escusas.
    A punição para quem não está de acordo ou questiona tais ações ou nega apoio a candidatura da “mulher do Poder” é banido, quando concursado pra função inferior, ou exonerado quando contratado ou comissionado.
    O poderoso Chefão usa e abusa do poder.
    Seu futuro é MIAMI ou Suíça!
    Prendam o passaporte dele!!!!!

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