Odebrecht é pesadelo para Sabino e Aluizio

Aluizio e Sabino negam ter recebido doações da empresa, mas os nomes dos dois aparecem na lista

Os prefeitos de Rio das Ostras e Macaé aparecem em lista com 200 nomes de políticos

Operando nos municípios de Rio das Ostras e Macaé, onde gere o sistema de saneamento, a Odebrecht que antes era citada com orgulho nos dois municípios, passou a ser nome proibido nos gabinetes dos prefeitos Alcebíades Sabino dos Santos e Aluizio dos Santos Junior. O primeiro, embora se declare inimigo da empresa, é o responsável pela chegada da companhia na cidade, o que aconteceu em 2004, quando foi assinado contrato para a construção de um emissário submarino, no valor global de R$ 106.334.648,44. Por coincidência o contrato foi assinado por procuração  por Benedicto Barbosa Silva Júnior, aquele diretor em cuja residência foi apreendida uma lista com 200 nomes de supostos beneficiados com recebimento de dinheiro para campanha eleitoral, entre eles Sabino e Aluizio. O que se comenta nas duas cidades é que os dois governantes estariam muito preocupados por conta da lista e de uma possível delação premiada que possa confirmar o conteúdo do documento, do qual constam os nomes dos dois com  supostas doações de R$ 500 mil e R$ 1 milhão, respectivamente.

A lista dos 200 nomes vazou para a imprensa em março deste ano  e tanto Sabino quanto Aluizio negaram ter sido beneficiados com doações da Odebrecht. Na época Sabino alegou que não fazia sentido ter recebido dinheiro da empresa, da qual se declara inimigo por ter recorrido à Justiça para não pagar as parcelas devidas pelo município por conta de uma parceria público privada. Entretanto, abriga dele começou em 2014 e a suposta doação teria ocorrido em 2012, quando ele disputou as eleições para prefeito.

Quanto a Aluizio, ele disse nunca ter recebido “um tostão furado da Odebrecht” e  afirmou que a doação que aparece na lista apreendida pela Polícia Federal na casa de Benedicto (presidente da Odebrecht Infraestrutura) foi feita legalmente ao Partido Verde (sua legenda até o pleito de 2012)  e contabilizada pelo diretório nacional do PV. “Nunca recebi em momento algum dinheiro da Odebrecht e nem o PV Macaé. Pelo que consta, a única doação oficial da Odebrecht foi destinada ao PV Nacional. As planilhas disponíveis mostram claramente tudo o que citei acima. Assim que eu soube dessa relação de políticos envolvidos com a Odebrecht eu saí daqui de Macaé e fui ao Rio de Janeiro para ter posse inteira do processo. O processo é muito claro: a gente não tem nenhuma relação com a Odebrecht”, afirmou ele na época.

 

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Comentários:

  1. A verdade é uma só. Jamais alguém seja pessoa física ou jurídica, dará tanto dinheiro como presente! Pelo contrário, esses empresários faziam poupança a longo prazo, com obras superfaturadas, em detrimento a população carente que morrem em filas de hospitais, ou esmolam uma misericórdia nas portas das prefeituras!!!!!!!!!!!!!

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