● Elizeu Pires
Custando atualmente cerca de R$ 1,3 milhão ao mês, a gestão terceirizada do Hospital Maternidade Municipal de Queimados, na Baixada Fluminense, vai passar a pesar mais no bolso dos contribuintes. Pelo menos é o que sugere o valor global do processo licitatório que será realizado no dia 10 de maio para escolha da nova instituição que vai assumir a administração compartilhada da unidade. O aumento estimado no edital do certame é de mais de R$ 6 milhões.
Pelo que está no edital, quem vencer a disputa pelo contrato que terá validade de dois anos, pode receber R$ 22.499.354,92 em um ano, sendo apenas R$ 1 milhão para investimento, e R$ 21.499.354,92 para o custeio do funcionamento do hospital, hoje gerido pelo Instituto Se Liga – que teve o contrato renovado por mais três meses, para dar tempo de a licitação ser concluída -, que recebe bem menos do que a gestão do prefeito Glauco Kaizer pretende pagar à nova instituição a ser contratada.
Considerando o valor global estimado no edital de licitação para o novo contrato, a gestão do hospital pode ficar até R$ 6.227.922,16 mais cara, uma vez que o último contrato do Instituto Se Liga foi fixado em R$ 16.271.432,76, o equivalente a R$ 1.355.952,73 mensais. Pelo que consta no edital, quem vencer a concorrência pode receber até R$ 1,875 milhão por mês, incluindo no global o valor estimado para investimento.
A licitação está marcada para às 10h do dia 10 de maio, com o aviso de chamamento público tendo sido publicado no último dia 20, mas não é novidade nos ambientes políticos locais que o termo de referência – que está pronto desde março – teria sido feito com a colaboração de pessoa que seria ligada ao terceiro setor. Além disso os observadores mais antenados apontam uma instituição com atuação no município de Mesquita como forte concorrente na disputa pelo novo contrato de gestão compartilhada do Hospital Maternidade Municipal de Queimados.
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