
Prefeito de Rio das Ostras é humilhado das urnas
Há quatro anos o hoje prefeito de Rio das Ostras, Alcebíades Sabino dos Santos comemorava sua expressiva vitória nas urnas. No dia 7 de outubro de 2012 ele foi eleito para o terceiro mandato com 76,87% dos votos válidos e desfilou em carro aberto pela cidade. Os votos foram resultado da confiança do povo de que o “melhor prefeito” da história do município – como ele se apresentava – iria faz fazer e acontecer. Porém, como mesmo tendo mais de R$ 2 bilhões para administrar Sabino não fez nem aconteceu, o povo decidiu colocá-lo para fora e ele sai humilhado. No dia 31 de dezembro, quando estiver deixando o cargo, vai voltar para casa com o título de pior gestor e na cabeça um número vergonhoso: o homem que teve 41.804 votos em 2012 somou agora apenas 7.578.
Sabino foi derrotado nas urnas até por um vereador que seu grupo apontava como “sem ex-pressão”, Deucimar Talon, que no site da Justiça Eleitoral apareceu eleito com 10.503 votos, mas que sequer comemorou, pois sabia que o deputado estadual Carlos Augusto Balthazar teve mais de 50% dos votos nominais para prefeito e estava aguardando um julgamento para ser proclamado vencedor, o que aconteceu na noite de ontem, com o Tribunal Regional Eleitoral confirmando o registro e, consequentemente, validando a votação.
O atual prefeito, que está saindo de cena de cabeça baixa e pela porta dos fundos, levará consigo seus dois maiores defensores: o presidente da Câmara Municipal Alzenir Mello, o Nini, não conseguiu se reeleger e o vereador Elói Dutra Reis – condenado por improbidade junto com Sabino – não passou nem raspando. Elói somou apenas 456 votos e mesmo assim sua votação não foi validada. O PTB, seu partido ganhou apenas uma cadeira e os dois primeiros suplentes tem mais que o dobro da votação não contabilizada da de Elói.
Para piorar a situação de Sabino três desembargadores da Câmara Cível do Tribunal de Justiça confirmaram a sentença de primeira instância que o condenou por pagamento indevido a seu chefe de gabinete, Aldem Vieira Gomes. No processo o prefeito e Aldem foram condenados a devolver cerca de R$ 300 mil pagos ao chefe de gabinete indevidamente.
Matérias relacionadas: