Promessa de dinheiro extra aumenta interesse pela direção do Hospital da Posse, unidade que atende Baixada e cidades de outras regiões

● Elizeu Pires

Sobrecarregado desde sempre, o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse – bancado em quase 80% pela administração municipal –, atende a todos os municípios da Baixada Fluminense e pacientes de várias outras regiões, mas nem por isso recebe a atenção necessária por parte do governo federal, que somente de quatro anos para cá passou a transferir um pouco mais de recurso.

Devido ao longos anos de indiferença do Ministério da Saúde começou agora o esforço para uma conta de chegar visando amenizar os estragos causados pelo descaso da União, e o HGNI poderá vir a receber, de uma tacada só, cerca de R$ 200 milhões para reestruturação. A boa notícia, entretanto, já acendeu o sinal de alerta, pois teria um metido a dono da rede pública de saúde em Nova Iguaçu, cidades vizinhas e até no governo estadual, interessado em por gente sua na administração da unidade, para cuidar da aplicação do recurso que estaria por vir.

Ainda mais recursos – Além da buscada “conta de chegar”, o repasse feito pelo governo estadual para ajudar da manutenção do Hospital Geral de Nova Iguaçu e da Maternidade Mariana Bulhões, também deverá ser ampliado. Atualmente a ajuda é de R$ 5 milhões, e o aumento revelado nos bastidores do poder a elevaria para R$ 23 milhões, quantia que está esbarrando na resistência do governador Claudio Castro, que parece já ter percebido a existência de interesse pessoal.

“Com a sobrecarga que o Hospital da Posse está funcionando é impossível continuar. É muito pouco dinheiro para tantas demandas. Que venham os recursos, mas que não mexam na administração, por que as coisas só não estão piores por causa da competência e dos esforços da gestão atual”, diz um observador com anos de experiência na área e profundo conhecedor do jogo sujo que tem se travado nos bastidores para derrubar a atual gestão do HGNI.

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