Gastos de Guapimirim não são compatíveis com a realidade

A Prefeitura começou a informatizar a gestão escolar. O treinamento foi iniciado em outubro (Foto:Divulgação/PMG)

A Secretaria de Educação registrou mais de R$ 11 milhões em despesas nos últimos seis meses, mais da metade disto é considerado como “gastos desnecessários” por membros do próprio governo

Embora esteja no poder desde o dia 11 de setembro de 2012, somente agora – a menos de dois meses do fim do mandato – é que o prefeito Marcos Aurélio Dias resolveu informatizar a rede de ensino e optou por fazê-lo através de uma empresa que do caixão ao material de limpeza tem feito vários fornecimentos para a Prefeitura de Guapimirim nos últimos anos. No apagar das luzes a Secretaria de Educação contratou (por R$ 780 mil) a Inffactor Comercio e Serviços para implantar a gestão escolar e já pagou por isto, segundo registros da administração municipal, R$ 335.820,65. Nos últimos seis meses o setor de Educação registrou mais de R$ 11 milhões em despesas questionadas até por alguns membros do governo, mais da metade disto a partir de setembro, inclusive com terceirização de mão de obra, contratos que deverão ser auditados pela próxima gestão, conforme já externou o prefeito eleito Jocelito Pereira de Oliveira. No modo de ver de uns de seus poucos aliados, o atual prefeito, além do título de pior gestor da história do município, vai levar para casa pepinos e abacaxis de todos os tamanhos e gastará alguns anos e muito dinheiro se defendendo em processos judiciais por conta de ações de secretários que confundem a coisa pública com a privada do que por suas próprias iniciativas. 

No comando do advogado Rui Aguiar – que substitui no cargo de secretária a vereadora Rizê Silvério – a Secretaria de Educação fez contratações que até mesmo membros do governo acham desnecessárias. “Esse contrato para o serviço de vigia é um acinte. Está completamente fora da realidade de Guapimirim e menospreza a inteligência do cidadão que é quem paga a conta”, diz um membro do governo, referindo ao contrato de R$ 2.653.321,92 firmado com a empresa Rio de Janeiro Serviços e Comércio para fornecer vigias para as escolas da rede municipal por um período de quatro meses.

Para ele, desnecessárias também são a contratação da firma Oliveira Dutra Soluções Integradas (por R$ 1.755.116,13) para limpeza e conservação da unidades de ensino e da empresa SR Motors para cuidar da manutenção da frota da secretaria ao custo de cerca de R$ 900 mil. “Esse secretário faz o que bem entende no governo, faz gastos que muitos aqui não vêem como desnecessários e o prefeito concorda com tudo, como se não mandasse em nada tivesse que obedecer a ordens de que na verdade lhe tem de dar satisfações”, completa.

De acordo com alguns profissionais da educação a merenda escolar, quando não falta, é de má qualidade, mas entre julho e outubro deste ano a Prefeitura registrou quase R$ 5 milhões em despesas com aquisição de gêneros alimentícios com cinco empresas diferentes. Com a Comercial Castanho, por exemplo, existem dois registros, um para fornecimento de filé de peixe (R$ 367.184,36) e outro para cereais e hortifrutigranjeiros, no valor total de R$ 1.270.407,75. Também cereais e hortifrutigranjeiros tem registros com a 100% Embalagens e Distribuidora (R$ 552.374.33), Imediata Comércio (R$ 249.642,60), Bom de Minas (R$ 419.429,13) e dois com a Paraíso, um no total de R$ 1.477.612,00 e outro de R$ 647.601,83.

 

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Comentários:

  1. Agora que vi essa matéria!! Filé de peixe??? Uma vez no ano aparece… Normalmente é arroz e feijão… E ás vezes alguns pedacinhos de carne… Divididos irmamente para não haver briga. Algumas escolas fazem horta própria e hortaliças usadas como tempero, vem de lá. Se eles insistirem nesse desfile será nossa oportunidade de fechar com chave de ouro! Ovos e vaias de todo lado!!!!

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