Urnas eletrônicas: seguras, auditáveis e com descarte correto

Pelo menos 95% do equipamento é destinado à reciclagem

Além de seguras, de espelharem a vontade de eleitoras e eleitores e garantirem o sigilo do voto, as urnas eletrônicas ainda possuem um aspecto positivo pouco divulgado: possuem descarte sustentável. Após o transcurso da vida útil de cerca de dez anos e seis eleições, elas são descartadas e recicladas de forma ecologicamente correta, o que reflete a preocupação da Justiça Eleitoral com a preservação ambiental.

O descarte sustentável das urnas tem início com uma licitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contratar a empresa, que deverá seguir um rigoroso processo de segurança. Em setembro de 2021, o TSE finalizou o leilão para o descarte de 83 mil urnas, que foram usadas desde 2006 e 2008. De 2009 até 2018, por meio dos leilões, o TSE conseguiu fazer o descarte de mais de 6.123 toneladas de equipamentos, arrecadando em torno de R$ 2 milhões, que foram devolvidos ao orçamento público.

O percentual de reciclagem das urnas é de 95% no mínimo, entre baterias, plástico e metais. Boa parte dos 5% restantes ainda pode ser aproveitada. Algumas empresas contratam cooperativas de reciclagem que geram diversos outros produtos, utilizando, na maioria, o material plástico da urna. A partir dele, correias de sandálias e pufes já foram produzidos, por exemplo. Assim, pode-se dizer que quase todos os componentes das urnas são recicláveis.

No processo de descarte, as urnas e os suprimentos são recolhidos e enviados para o desmonte. Nessa fase, ocorre a separação dos materiais por tipo: metal, plástico, placas leves (que têm maior probabilidade de conter metais nobres), placas pesadas (com menor valor de mercado), borracha e outros materiais. Após o desmonte das urnas, os materiais são moídos ou quebrados em partes pequenas, para descaracterização.

Em seguida, já separados por tipo e descaracterizados, os materiais são enviados para a reciclagem. Por questões ambientais e de segurança do processo eleitoral, a empresa ganhadora da licitação deve comprovar que tais materiais foram efetivamente reciclados. Todo o processo de descarte é auditado no local por servidores do TSE, desde o recebimento dos materiais, com a verificação dos lacres colocados pelos TREs, até a descaracterização e o atendimento de outras exigências pela empresa.

A parte não aproveitada na reciclagem vai para aterros sanitários credenciados, cumprindo uma série de medidas de segurança. O destino das baterias das urnas, por exemplo, deve seguir as regras do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que normatiza a gestão de resíduos e produtos perigosos. Como contrapartida socioambiental, o contrato prevê ainda cursos, na modalidade on-line, para servidoras e servidores da Justiça Eleitoral sobre a importância da gestão de resíduos no ambiente de trabalho e nas residências.

(Com a Assessoria de Comunicação do TSE)

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