Presidente da Câmara implanta ditadura em Belford Roxo

Microfones cortados e gravações proibidas

A Câmara Municipal de Belford Roxo não é mais a “Casa do Povo”. O que lá se passa, lá tem de ficar. As sessões não podem ser filmadas e as falas dos vereadores gravadas, nem se eles mesmos desejarem. A proibição foi decretada pelo presidente da instituição, Marco Aurélio de Almeida Gandra, o Markinho Gandra (PDT), que, de quebra mandou retirar os microfones que estavam instalados nas mesas dos vereadores. A quem reclama o todo poderoso senhor do Legislativo belforroxense responde: “O regime aqui é presidencialista. Aqui mando eu”.

O comportamento ditatorial do presidente da Câmara tem gerado constrangimento para alguns membros da Casa. Os que não rezam pela cartilha de Gandra são tratados como “inimigos do regime”. Um dos vereadores foi constrangido em plenário no dia em que completava mais um ano de vida. Rodrigo Ferreira Frasco, o Rodrigo Com a Força do Povo (PRTB), queria que seu discurso proferido na sessão do dia 20 de agosto fosse gravado em vídeo, e não pode. Um cidadão que filmava a reunião pública foi retirado da Câmara. O presidente mandou, está mandado. Rodrigo, que queria registrar seu primeiro aniversário como vereador, não pode nem ser fotografado na tribuna.

“Fico triste e vou externar aqui presidente, porque hoje completo mais um ano de vida, e o meu primeiro aniversário como parlamentar. Fiquei triste porque o senhor tirou um sonho meu, de poder gravar, poder registrar. No início da sessão pedi vossa excelência para gravar ao menos o meu discurso, um discurso de agradecimento, mas como o senhor falou o sistema é presidencialista. Como entendo se é presidencialista, desculpe a expressão, quem manda é o senhor e a maioria vota. Não vou poder mostrar o vídeo porque meu presidente não autorizou. Não discordo do senhor, o senhor é autoridade máxima nessa casa, mas vou deixar registrado, que irei levar no meu coração, que no dia 20 de agosto, no meu aniversário, o senhor impediu que eu gravasse a minha fala, mas enfim o sistema é presidencialista, o regime é presidencialista!”, discursou o vereador.

Comentários:

  1. Fazer o quê? Na Baixada Fluminense, o homem público que age com truculência e autoritarismo é muitas vezes visto pelo povo como “valente” e “que faz as coisas andarem”. Desde os tempos de Tenório Cavalcanti é assim. Só que o final da história geralmente nunca é feliz.

  2. Chega ser engraça uma coisa dessas, mal sabem esses vereadores que quem paga o salário deles são os impostos da população, esse povo não tem jeito, continua votando e elegendo essa gente…

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