
Cidades como Magé poderão ter serviço próprio de abastecimento de água
Autossuficiente em água potável, Magé é refém da Cedae há varias décadas. Embora com ricos mananciais, o município tem vários bairros sem abastecimento regular e outros pelos quais sequer passa uma tubulação. A realidade poderia ser outra se os mageenses fossem abastecimentos por um serviço próprio, a exemplo do que ocorre há muitos anos com os Saaes (Serviços Autônomos de Água e Esgoto) implantados com sucesso no interior fluminense. O prefeito Rafael Santos de Souza, o Rafael Tubarão (PPS), ainda não se pronunciou sobre o assunto, mas não será surpresa se ele vir a acenar com municipalização do serviço, medida que já vem sendo adotadas por vários municípios, inflada com a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos, que vai acontecer através de Parceria Público Privada (PPP).
A venda da Cedae, além de ajudar a equilibrar as finanças do estado e de ser uma exigência dentro do plano em conjunto com o governo federal para salvar o Rio de Janeiro, gerou a encomenda de vários projetos para avaliar a possibilidade de as prefeituras criarem seus sistemas de água e esgoto.
Saindo na frente, o prefeito de Duque de Caxias deu primeiro passo para a municipalização do serviço. Washington Reis criou a Central de Água e Saneamento no município, que a princípio vai comprar água da Cedae e distribuir para a população, mas a proposta é muito mais ampla. Também com mananciais próprios, os municípios de Paracambi, Japeri e Nova Iguaçu têm defensores da ideia.