Depois do Ceperj, a Fundação de Saúde…

…mais um órgão do governo estadual entra no radar

● Elizeu Pires

A contratação de cabos eleitorais para atuar em unidades de saúde da Baixada Fluminense tem sido prática comum, mas o volume de contratações teria triplicado nos últimos dois anos

Sob investigação do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado devido a um esquema de contratações secretas de funcionários que teriam recebido salários sem prestar serviços, o Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj), não é o único órgão do governo fluminense sob suspeita de abrir cabos eleitorais de políticos aliados ao governador Claudio Castro, sem ter um controle efetivo sobre a frequência no trabalho.

A Fundação de Saúde acaba de entrar no radar e também poderá ser alvo uma devassa. Fala-se hoje em cerca de duas mil nomeações somente de pessoas da Baixada Fluminense. Aponta-se também para contratações de apadrinhados via organizações sociais que fazem a gestão de unidades de saúde em vários municípios da região.

No caso do Ceperj as investigações apontam para a existência de 27 mil fantasmas, um escândalo que tem tirado o sono do governador Claudio Castro e de alguns de seus aliados. As nomeações não apareciam no Portal da Transparência, e a maioria dos pagamentos era feita na boca do caixa. Só em uma agência bancária de Nova Iguaçu foram feitos saques que somam mais de R$ 7 milhões.

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