
Ignorando a existência de local próprio no município
Embora o município de Magé tenha um deposito público para receber veículos apreendidos em operações policiais, agentes do 34º Batalhão da Polícia Militar estão rebocando carros e motos para o município de Tanguá, onde os veículos são deixados em um amplo terreno aberto e sem segurança durante a noite. Localizado no bairro Chácara Pinhão, o depósito está a mais de um quilômetro da agência bancária mais próxima e para piorar a situação dos donos dos carros, a liberação é dificultada para aumentar o número de diárias a serem pagas. Embora seja oficialmente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), o espaço é operado por uma empresa privada. Além do fato de levar para longe os carros e motos apreendidos em Magé, outra coisa que vem ocorrendo com freqüência no município são aquelas operações esquisitas do Detro com apoio de viaturas do 34º BPM, onde os agentes – ignorando ser o órgão fiscalizador apenas do serviço de transporte intermunicipal, seja ele feito por empresas de ônibus, cooperativas de transporte alternativo ou vans autorizadas – forçam a barra sobre veículos particulares.
No caso da fiscalização de carros particulares o Detro já foi até condenado pela Justiça, mas alguns de seus agentes não tomam jeito. O órgão foi obrigado a indenizar em R$ 5 mil, por danos morais, um morador de Campos, que teve o carro apreendido sob a alegação de estar praticando “lotada”. O motorista, na verdade, estava transportando a namorada e a irmã dela. Além da indenização o Detro teve de devolver os R$ 2.341 cobrados pela infração que não havia sido cometida.