Professores de Belford Roxo voltam ao trabalho dia 6

Diante do acordo os profissionais da Educação saíram da situação de greve para estado de greve (foto: Ivan Teixeira)

Isso se receberem o salário de novembro

Os professores da rede municipal de ensino de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, voltarão às salas de aula depois do carnaval. Compromisso nesse sentido foi assumido em audiência especial no Tribunal de Justiça, com representantes da categoria e do governo, que por sua vez se comprometeu em pagar o salário de novembro até a próxima sexta-feira (dia 24), de forma integral ou pela metade, com os 50% restantes quitados no máximo até o dia 2 de março. Ficou acertado ainda o parcelamento do vencimento de dezembro e do décimo terceiro em oito vezes. A vitória da categoria foi dupla: a primeira sobre o prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (foto) que havia partido para a intimidação e a segunda sobre as próprias diretoras (todas nomeadas em cargos de confiança e boa parte indicada por vereadores), que vinham pressionando os profissionais a irem trabalhar mesmo sem o dinheiro da passagem, sob a ameaça de que teriam os dias parados descontados.

A audiência de conciliação foi presidida pelo desembargador José Carlos Paes, da 14ª Câmara Cível, que desde o início tem se mostrado sensível ao problema enfrentado pelos professores. A princípio ele havia definido o retorno ao trabalho para o dia 2 de março, diante da promessa da Prefeitura de pagar o mês de novembro fora do parcelamento. Porém, a própria representação do governo propôs 6 de março como data para os profissionais da Educação voltarem ao trabalho.

Além da quitação do salário de novembro de imediato, o governo assumiu o compromisso de não descontar os dias parados. Com isto o movimento da categoria saiu do status de greve para o de estado de greve, mas se o prefeito não honrar o compromisso assumido junto ao Tribunal de Justiça, no dia 6 de março haverá uma nova assembléia da categoria, para decidir o que será feito. Pelo que foi acordado, as parcelas serão pagas juntas com os salários a serem recebidos pelos professores referentes aos meses de março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro. O retorno no dia 6, entretanto, só vale para os profissionais que aderiram ao movimento. Os que não entraram em greve deverão ir trabalhar normalmente nesta segunda-feira.