
Prefeito de Belford Roxo esconde informações sobre receita e despesas
Com previsão de atingir uma receita de pouco mais de R$ 707 milhões este ano, o município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, já arrecadou cerca de R$ 150 milhões até agora, número estimado para o período de 1º de janeiro até o final do expediente de ontem. Só com os repasses constitucionais (entre eles Fundeb e FPM), foram creditados R$ 44,2 milhões nas contas da Prefeitura, além de cerca de R$ 15 milhões em outros repasses, como as verbas para o setor de saúde, por exemplo. O problema é saber onde, em que e como o prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (foto) está aplicando os recursos, uma vez que as contas da administração municipal vêm sendo mantidas em segredo, contrariando o que determina a Lei da Transparência. A disposição do prefeito em cumprir a legislação é tão grande que nem o site oficial do município foi colocado no ar ainda, quanto mais os números referentes à receita, contratos, relação de fornecedores, prestadores de serviços e os valores pagos a eles.
Completando nesta terça-feira 74 dias de governo, Waguinho tem sido muito criticado pelo jeito com que vem administrando o município. Apesar do pouco tempo já deu para perceber certo despreparo para lidar com os servidores, trabalhadores que vem sofrendo para receber seus direitos e salários. Sempre que questionado o prefeito responde que não há dinheiro, mas ele aumentou o número de secretarias e tem feito contratos sem licitação. O serviço de coleta de lixo, por exemplo, foi contratado com alegação de emergência por R$ 13,9 milhões. A empresa Força Ambiental foi escolhida e o ato de ratificação do contrato foi publicado no dia 31 de janeiro, sem especificar a duração.