Filho do prefeito de Macabu teria sido “fantasma” até agosto

O gabinete de Riverton Mussi era chamado de coração de mãe, pois nele sempre cabia mais servidor privilegiado

Advogado que chegou a ser preso em março de 2012 estava encostado no gabinete do prefeito de Macaé

Embora formado em Direito e exercendo a profissão de advogado, Pedro Costa Linhares, filho do prefeito de Conceição de Macabu, Claudio Linhares, é servidor efetivo da Prefeitura de Macaé, onde pode ter passado os três últimos anos recebendo sem trabalhar. Pelo menos é isso que está sendo apurado pelo governo, que resolveu chamar de volta às funções nas quais foram admitidos todos os funcionários que estavam cedidos à Câmara de Vereadores e à disposição de outros órgãos da municipalidade. De acordo com o sistema que registra as lotações dos servidores macaenses, Pedro Linhares foi admitido em 2006 como assistente administrativo de logística e ganha R$ 2.912,14. Ele estava “aos cuidados do gabinete do prefeito” desde a gestão passada e lá permaneceu até agosto de 2015.

 

No dia 29 de março de 2012 Pedro Costa Linhares Filho foi preso junto como o ex-delegado da cidade, Roldenyr Cravo, os inspetores Dennes Garcia Moreno Júnior, Marcos Vinícius Lopes e Claudio José de Faria, além do guarda municipal José Eduardo Santos, todos acusados de integrarem uma suposta organização criminosa denunciada pelo Ministério Público. A promotoria acusou o grupo de extorsões mediante sequestro, formação de quadrilha armada, roubo, extorsões e usurpação de função pública na forma qualificada.

De acordo com a denúncia do MP, o grupo simulava a existência de crimes para prender supostos criminosos. “Para, a partir de então, sempre com muita violência e gravíssimas ameaças, passar a exigir dos familiares da pessoa ilegalmente acautelada e da própria vítima, altas somas de dinheiro, com a falsa promessa de deixar de lavrar o ilegal auto de prisão em flagrante e, em consequência, liberá-la”, relatou o MP na denúncia, que apontou que o filho do prefeito de Conceição de Macabu “usava a profissão de advogado para pressionar as vítimas a pagar os valores exigidos, fazendo-as crer que essa era a melhor maneira, senão a única, de conseguir a liberdade”.

 

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